Pelo segundo mês consecutivo, a inflação voltou a ganhar espaço nos Estados Unidos em agosto, impulsionada pelos preços da gasolina, de acordo com o índice PCE publicado nesta sexta-feira (29) pelo Departamento do Comércio.

Este índice, o mais monitorado pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central americano), foi situado em agosto em 3,5% interanual, diante de 3,4% em julho.

Na comparação mensal, a alta dos preços foi de 0,4%, alinhado com o esperado pelo mercado, frente a 0,2% em julho.

Em contraste, a inflação subjacente, que exclui os preços voláteis dos alimentos e da energia, suavizou em 3,9% no período de um ano, em comparação com 4,3% de julho, e alcançou o mínimo em quase dois anos.

Os dois medidores da inflação, o PCE e o índice de preços ao consumidor (IPC), evoluíram em agosto na mesma direção. O IPC teve o segundo mês de aumento, de 3,7%, em um ano, com a inflação subjacente em declínio.

Os gastos nos lares cresceram 0,4% no mês passado, mas menos que em julho, quando expandiu 0,9%.

Em sua última reunião, o Fed se mostrou menos otimista sobre a trajetória da inflação. O Banco Central americano não apenas manteve suas taxas de juros nos níveis mais elevados dos últimos 22 anos, como antecipou um aumento adicional antes do final do ano e acrescentou que os índices iriam continuar altos em 2024.

A inflação poderá chegar à meta do Fed de 2% anual em um ritmo mais devagar do que esperado, devido, essencialmente, ao aumento dos preços do petróleo no mundo.

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