O British Museum e outras duas instituições do Reino Unido anunciaram, nesta terça-feira (25), “uma das maiores” descobertas da Idade do Ferro no país, composto por mais de 800 objetos com 2000 anos de antiguidade.
A descoberta do “botim de Melsonby”, chamado assim pelo povoado de Yorkshire (norte da Inglaterra) onde foi encontrado, foi anunciado em um comunicado conjunto pelo museu londrino, pela Universidade de Durham e pela Historic England, a agência governamental responsável pela proteção do patrimônio.
A descoberta ocorreu em 2021, quando uma pessoa que pratica a detecção de metais encontrou algumas peças.
Impressionado pelo que pensou que seria uma descoberta importante, essa pessoa entrou em contato com a Universidade de Durham, que iniciou escavações junto ao British Museum.
No total, foram desenterrados mais de 800 objetos entre arreios de cavalos, lanças cerimoniais, caldeiras, recipientes e outras peças da Idade do Ferro (uma época que varia segundo a zona geográfica e que, na Grã Bretanha, algumas fontes situam entre o ano 800 antes de Cristo e 43 da era cristã).
O comunicado das três instituições destacou a descoberta como “uma das mais importantes” daquela época no Reino Unido.
Quando os cientistas entraram no local das escavações, compreenderam que se tratava de “uma descoberta excepcional”, disse à AFP Tom Moore da Universidade de Durham, no norte da Inglaterra. Ele também foi o arqueólogo que dirigiu os trabalhos.
“Pode-se dar muitos superlativos à descoberta. Estará entre as maiores da Europa” da Idade do Ferro, acrescentou Moore.
Embora algumas das peças desenterradas sejam similares a outras encontradas em solo britânico do mesmo período, “a quantidade e variedade de objetos são incomuns”, diz o comunicado das três instituições.
“O que nos intriga é que as pessoas na Grã-Bretanha estavam relativamente familiarizadas com carruagens de duas rodas, mas as peças encontradas (em Melsonby) sugerem veículos muito maiores e mais decorados, mais comuns no continente, na Alemanha e na Dinamarca”, explicou Tom Moore.
De acordo com uma avaliação científica inicial, esses objetos teriam sido enterrados no século I d.C., na época da conquista romana das Ilhas Britânicas.
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