Dezenas de milhares de pessoas se reuniram neste sábado (27) na capital de Honduras para manifestar apoio à presidente Xiomara Castro, marcando dois anos desde que assumiu o poder.

“O povo está contigo”, gritavam os hondurenhos agitando bandeiras vermelhas e pretas do partido Liberdade e Refundação (Libre, esquerda), em um palco montado no bulevar Suyapa, leste de Tegucigalpa, onde a presidente e autoridades do governo estavam presentes.

“Contamos com o maior crescimento econômico”, foram aprovados “créditos e apoio à produção no campo, organizamos as finanças públicas”, afirmou em seu discurso a primeira mulher presidente de Honduras em seus 200 anos de história.

Castro, esposa do ex-presidente Manuel Zelaya, deposto em 2009, afirmou que seu governo impulsionou “o maior investimento em infraestrutura da história”, “aumentou o orçamento” para educação, saúde, segurança e “grupos vulneráveis”.

“Hoje há uma verdadeira redução da pobreza em nosso país”, disse em referência a um recente relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) – questionado pela oposição – que indicou uma redução de dez pontos na pobreza.

Quando assumiu, em 27 de janeiro de 2022, 74% dos quase dez milhões de habitantes do país estavam em situação de pobreza.

Castro também afirmou que o governo está cumprindo os compromissos relacionados ao orçamento e à “onerosa dívida” que seu governo “herdou”, de 17 bilhões de dólares, cerca de 50% do PIB.

Em seu discurso, a presidente acusou os governos anteriores do agora opositor Partido Nacional (PN, direita) de levar o país “a um abismo, à migração em massa”, à “pobreza, violência e uma dívida insustentável”.

O PN governou em dois períodos (2014-2018 e 2018-2022) liderado pelo ex-presidente Juan Orlando Hernández, atualmente preso nos Estados Unidos por tráfico de drogas.

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