Criminosos têm usados os aplicativos de paquera para atrair vítimas e praticarem crimes. Segundo o delegado Ronaldo Sayeg, os bandidos usam perfis falsos para conhecer as futuras vítimas, marcarem encontros e cometer crimes como sequestro.

“Essa ostentação é própria da paquera. Não é difícil mandar foto do carro que tem, de um imóvel, de alguma joia, de viagens, até para despertar interesse de quem ele está cortejando”, disse ele, à TV Globo em matéria exibida no Fantástico.

“O homem está enviando um currículo para o criminoso.”, completa.

Sem se identificar, uma vítima desses golpes contou que não se atentou aos sinais durante uma chamada de vídeo com a suposta pretendente e marcou um encontro.

“Ela aparecia com uma toalha no cabelo e não olhava diretamente para a câmera”, disse.

“Eu cheguei [no local do encontro], e ela não apareceu. Passou um pouco, um minuto, talvez menos, já chegaram os caras, colocando revólver”, contou.

Após a experiência negativa, o homem afirmou que não vai mais retornar para os aplicativos de relacionamentos.

“Dá um pouco de vergonha. A gente se sente um pouco envergonhado pelo que aconteceu”, relatou.

Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, o número de casos de sequestro por meio de aplicativos tem aumentado em São Paulo.

“Basicamente todo dia aparece um novo caso na delegacia anti-sequestro”, disse.

Ao Fantástico, o Tinder, um dos principais aplicativo usados pelos bandidos, enviou uma nota na qual ressalta que fiscaliza a plataforma periodicamente e que remove perfis suspeitos, além de procurar melhorar as ferramentas de segurança do aplicativo.