TEL AVIV, 27 ABR (ANSA) – A Faixa de Gaza foi palco de mais uma sexta-feira de protestos – a quinta consecutiva – contra Israel, que desta vez deixaram um saldo de três mortos e 300 feridos.   

Com isso, o número de vítimas da “Marcha do Retorno”, que acontece desde o fim de março, já chega a 38.   

Os atos são realizados pelo grupo fundamentalista Hamas e se repetirão em todas as sextas até 15 de maio, uma terça, dia seguinte à data em que os israelenses celebram a fundação de seu Estado no calendário gregoriano – para os palestinos, 15 de maio é o dia da “Nakba”, ou “catástrofe”.   

Assim como nas outras quatro sextas-feiras, milhares de manifestantes se aproximaram da barreira que separa Gaza de Israel. O Exército israelense diz que “dezenas de baderneiros armados de explosivos e coquetéis molotov” quase conseguiram abrir uma brecha na passagem de Karni, mas foram bloqueados.   

O Hamas diz que as manifestações são apenas uma prévia da forte “explosão de cólera popular” prevista para 15 de maio. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Anistia Internacional acusam Israel de fazer uso “desproporcional da força contra manifestantes desarmados”, enquanto um centro de inteligência de Tel Aviv afirma que 80% dos palestinos mortos nos conflitos eram “membros ativos ou apoiadores de grupos terroristas”.   

Já na Cisjordânia, um conselheiro de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), pediu para a população de Gaza não seguir “aventureiros” e “não mandar filhos para a morte”. (ANSA)