A pressão baixista de Alimentação sobre o resultado da primeira semana de junho do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) motivou uma redução na projeção dos analistas da Fipe para o fechamento do indicador no mês, de alta de 0,35% para 0,27%.

“Os in natura continuam pressionando a inflação para baixo. E as carnes bovinas seguem na terceira semana negativa”, diz o analista Marcelo Pereira. “No caso das carnes bovinas, elas estão com excesso no mercado, o que está levando a essa queda”, completa.

Na leitura da primeira semana de junho, o IPC-Fipe desacelerou a 0,11%, ante 0,20% no fechamento de maio. O grupo Alimentação caiu 0,39%, ante recuo de 0,01% no fim de maio.

“Outro ponto que podemos destacar é que a gasolina continua negativa. A alteração do ICMS que começou agora em junho ainda não impactou o item”, acrescenta Pereira. Na ponta, a gasolina está negativa em 0,75%. O item contraiu 1,29% na primeira semana de junho, ante queda de 1,12% no fechamento de maio.

Nas próximas semanas, segundo Pereira, os alimentos ainda devem contribuir para alívio do indicador. “É um período de baixa geralmente das carnes bovinas e dos in natura“, diz o economista. “Já reflete também a queda das commodities no atacado, que aos poucos vai refletindo no consumidor final.”

Ele cita ainda que o leite longa vida também deve ajudar nesse alívio, o item desacelerou de 2,28% no fim de maio para 0,49% na primeira semana de junho, e na ponta está negativo em 2,20%.