O economista da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (Fipe) Marcelo Pereira elevou a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de novembro, de 0,40% para 0,48%. A revisão se deu por uma pressão de alta acima do esperado para o grupo Alimentação, cuja estimativa para o fim do mês também foi revista, de 0,95% para 1,26%.

Conforme divulgou a Fipe pela manhã, o IPC acelerou de 0,30% no fechamento de outubro para 0,39% na primeira quadrissemana de novembro.

Além de alimentação, Pereira cita o item viagens e excursões (7% para 6,30%) como um dos principais vetores para o avanço da inflação no período, e que deve seguir pressionando o índice. “Mas é algo completamente sazonal, pelo período de festas de fim de ano”, lembra.

Entre as pressões de baixa, porém, o economista pondera que a parte de leite e derivados (-1,30% para -3,16%) tem sido o principal moderador da inflação de alimentos nas últimas leituras.

A gasolina é outro item que tem moderado a pressão inflacionária do IPC-Fipe, de acordo com Pereira. Nesta quadrissemana, a gasolina registrou recuo de 0,53%, ante queda de 0,23% no fechamento de outubro.

“Na ponta, o recuo nessa quadrissemana foi de 1,24%. Até o final do mês o recuo deve ficar nessa casa de 1%”, projeta Pereira, ao se referir a pesquisas recentes.