O ex-piloto Wilson Fittipaldi, irmão mais velho do lendário Emerson Fittipaldi, morreu aos 80 anos em São Paulo, informou a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) nesta sexta-feira (23).

“Aos 80 anos, Wilsinho se foi de forma serena e envolto por todo o amor que fez por merecer ao longo de sua vida”, escreveu a CBA em seu site.

Wilson Fittipaldi “reuniu talento, visão de futuro e ousadia para levar o nome do Brasil a um patamar jamais imaginado”, acrescenta a nota.

O ex-piloto estava internado em um hospital de São Paulo desde o dia 25 de dezembro, quando sofreu uma parada cardíaca após se engasgar com um pedaço de carne durante um almoço de família para comemorar o Natal e seu aniversário de 80 anos.

Nascido em São Paulo em 25 de dezembro de 1943, Wilson correu em diferentes categorias do automobilismo no Brasil e na Europa. Passou pela Fórmula 2 e pela Fórmula 3 antes de chegar a um acordo com Bernie Ecclestone, então diretor da equipe Brabham, para entrar na Fórmula 1 em 1972.

Ele estreou com um terceiro lugar no Grande Prêmio do Brasil, que não contava para o campeonato, em um início promissor que não se confirmou ao longo da temporada.

Wilson não marcou pontos e seu irmão Emerson, aos 25 anos, se tornou o campeão mundial mais jovem da categoria até então, recorde que manteve até o título do espanhol Fernando Alonso em 2005, aos 24 anos.

Em 1973, teve atuações melhores, conseguindo uma quinta colocação no circuito alemão de Nürburgring. Somou três pontos no campeonato e terminou em 16º na classificação, a melhor de sua carreira na F1.

Wilson não participou da temporada seguinte, em que Emerson conseguiu seu segundo título, para acertar detalhes da estreia de um projeto pessoal na principal categoria do automobilismo: a equipe brasileira Copersucar, que um tempo depois passou a se chamar Fittipaldi.

Depois de pilotar um carro que decepcionou, se aposentou em 1975 e se dedicou a chefiar a escuderia, da qual seu irmão foi piloto de 1976 a 1980.

A equipe nunca foi ao pódio de uma classificação geral da F1 e foi extinta em 1982 devido a dificuldades financeiras.

Wilson voltou ocasionalmente às pistas em competições de menor envergadura e se dedicou a acompanhar a carreira de seu filho Christian, que passou pela F1, Kart, Nascar e Fórmula 3000, entre outras.

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