Os Estados Unidos prometeram, nesta quarta-feira (6), que farão os huthis do Iêmen prestarem contas pelo ataque contra um cargueiro no qual teriam morrido duas pessoas, que seriam as primeiras vítimas fatais das ações dos rebeldes pró-Irã contra o transporte marítimo comercial na região.

“Seguiremos exigindo que prestem contas. Pedimos aos governos de todo o mundo que façam o mesmo”, disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Os rebeldes huthis, que controlam grande parte do Iêmen e contam com o apoio militar do Irã, atacam desde novembro diversas embarcações comerciais que navegam pelo Mar Vermelho e pelo Golfo de Áden que consideram vinculadas a Israel.

Segundo os rebeldes, essas ações ocorrem em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, palco de um intenso conflito depois que as forças israelenses iniciaram operações de represália pelo ataque sem precedentes cometido pelo movimento islamista Hamas em 7 de outubro.

As ações dos huthis “não só perturbaram o comércio internacional, não só perturbaram a liberdade de navegação em águas internacionais, e não só colocaram os marinheiros em perigo, mas agora mataram tragicamente vários deles”, ressaltou Miller.

Ao ser questionado se este último ataque revelava o fracasso da contraofensiva americano-britânica contra os huthis, o porta-voz respondeu: “Sempre deixamos claro que este será um processo a longo prazo, tanto para dissuadir os huthis desses ataques quanto para degradar sua capacidade de realizá-los”.

Miller acrescentou que os Estados Unidos também estavam exortando outros países a deixarem claro para os rebeldes que “estes ataques são irresponsáveis”.

Devido aos ataques dos huthis, os Estados Unidos implementaram uma força multinacional de proteção marítima e realizaram, às vezes com apoio do Reino Unido, bombardeios contra posições dos rebeldes no Iêmen.

Por isso, os insurgentes também atacam embarcações americanas e britânicas.

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