Entenda as acusações contra Oruam por suposta ligação com o Comando Vermelho

Oruam
Oruam Foto: Record TV/Reprodução

O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, será indiciado por envolvimento com o tráfico de drogas e ligação com a facção Comando Vermelho (CV). A informação foi confirmada pelo delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.

Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho. O traficante está preso desde agosto de 1996, condenado a 36 anos de prisão por matar e esquartejar dois traficantes rivais.

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Segundo a polícia, o rapper impediu, na noite de segunda-feira, 21, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um menor infrator que estava na residência de Oruam, no bairro Joá, Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).

O adolescente, conhecido como “Menor Piu”, acusado de roubo de veículos e de atuar como segurança do traficante Doca, um dos líderes da facção criminosa que controla o Complexo da Penha, foi abordado por policiais. Durante a ação, foram apreendidos um celular e um cordão em sua posse.

Durante a ação, Oruam e mais oito indivíduos teriam atirado pedras sobre a viatura da polícia e ofendido os policiais. Um dos agentes se feriu. No tumulto, “Menor Piu” conseguiu abrir a porta da viatura e correr.

“Não foi uma confusão: eles frustraram, eles impediram que uma ação legítima do Estado fosse concretizada”, declarou Curi em entrevista à TV Globo.

Segundo o delegado, Oruam será indiciado ainda hoje por associação ao tráfico de drogas e ligação direta com o Comando Vermelho.

“Após esse evento, ele fugiu e se escondeu no Complexo da Penha. Gravou um vídeo que é uma confissão. Trata-se de um marginal faccionado ligado à facção Comando Vermelho, que está desafiando as autoridades de segurança pública a irem até lá para fazer a captura dele“, disse o delegado.

Em nota, o cantor afirmou ter sofrido abuso de poder e agressões por parte dos policiais e disse que “nada de ilegal” foi encontrado em sua casa. “Toda a ação policial foi unilateral, violenta e injustificada, e que minhas tentativas de registrar a agressão com vídeos e fotos são comprovações irrefutáveis do abuso que sofri”, concluiu Oruam.