A delegada Amanda Menuci, da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem), afirmou que o pastor Davi Passamani, preso no início da noite de quinta-feira, 4, em Goiânia, suspeito de cometer crimes sexuais, era visto por vítimas como ‘representante de Deus na terra’, segundo informações do “g1”.

Segundo a reportagem, a investigadora se baseou no pressuposto de se apontar a possibilidade de consentimento por parte das vítimas para chegar a essa linha de raciocínio.

“Não há de se falar em consentimento. Se alguém cogitar que houve consentimento, esse consentimento é absolutamente viciado pelo medo, pela subordinação, por essa situação religiosa, porque para as vítimas ele não era uma pessoa da mesma hierarquia, e sim superior, visto até como um representante de Deus aqui na Terra, como uma das vítimas até mencionou”, afirmou a delegada.

“Ele [o pastor] iniciava a conversa no teor sempre religioso valendo-se de versículos bíblicos, então a abordagem dessas vítimas é sempre com base na Bíblia, valendo-se da religião mesmo, com vítimas fragilizadas, em extremo estado de vulnerabilidade, sempre levantando para ele situações de dificuldades no relacionamento”, explicou Amanda.