A Alemanha começa nesta quarta-feira (23) sua campanha na Copa 2022 contra o Japão, às 10h. A seleção europeia está a um título de igualar o Brasil como seleção que mais vezes venceu a Copa do Mundo. Nação que mais vezes perdeu em finais de Mundiais (1966, 1982, 1986 e 2002), os alemães não querem repetir o posto de vice no Catar.

Campeã em 2014, no Mundial sediado no Brasil, a Alemanha nem passou perto do pentacampeonato em 2018. Na Rússia, a seleção caiu ainda na fase de grupos, numa chave com Suécia, México e Coreia do Sul. Além do péssimo desempenho na competição, os alemães ainda ocuparam a lanterna do grupo, tendo conquistado apenas três pontos.

Quatro anos depois, a seleção alemã passou por algumas mudanças. Joaquim Löw, treinador campeão em 2014, deixou a equipe em 2021 para a chegada de Hans Flick, seu auxiliar-técnico no Mundial do Brasil.

O ex-técnico do Bayern de Munique teve um começo avassalador à frente da equipe e empolgou os torcedores alemães. Neste ano, contudo, o time de Flick caiu de produção e começou a ser questionado sobre um possível baixo rendimento no Catar.

Até a estreia no Mundial, Hans, que vai encarar seu primeiro grande torneio no comando da Alemanha, terá que fazer muitos ajustes caso não queira repetir a campanha desastrosa de 2018.

Eliminatórias Europeias

Primeira colocada do grupo J nas eliminatórias europeias, a Alemanha se classificou para o Mundial de forma tranquila, em outubro do ano passado.

Para chegar ao Catar, a Alemanha enfrentou Macedônia do Norte, Romênia, Armênia, Islândia e Liechtenstein. Com 27 pontos, os alemães foram a segunda nação a carimbar o passaporte para a Copa do Mundo.

Alemanha confirma vaga na Copa do Mundo após vencer Macedônia do Norte por 4 a 0 (FOTO: DFB/Philipp Reinhard) (Crédito:DFB/Philipp Reinhard)

Craque da Seleção Alemã

Maior artilheiro de Copas em atividade (10 gols em 14 jogos), o experiente Thomas Müller é um dos nomes de destaque da Alemanha. Um dos poucos remanescentes da conquista de 2014, ao lado de Manuel Neuer, seu companheiro de Bayern de Munique, o jogador pode ser o diferencial dos alemães no Catar.

Müller vai desembarcar no Mundial ao lado de um elenco mais novo, cheio de jovens talentos, e deve ser a ponte de ligação entre a pressão do torneio e os jogadores sem experiência. O atacante, que está na seleção principal há 13 anos, também pode contribuir tecnicamente com a equipe.

Thomas Müller em partida pela Alemanha na Nations League (FOTO: Ronny Hartmann/AFP) (Crédito:Ronny Hartmann/AFP )

Pela seleção, Thomas Müller acumula 84 participações em gols em 118 partidas disputadas. Em Copas, já comemorou 10 tentos marcados. No Catar, o alemão vai buscar ampliar esses números e, quem sabe, se aproximar do maior artilheiro de Mundiais, o compatriota Miroslav Klose, que balançou as redes em 16 oportunidades.

Pode surpreender

Centroavante e grande promessa alemã nos últimos anos, Timo Werner pode surpreender no Catar. Em 55 jogos pela equipe nacional, o jogador já anotou 24 gols e seis assistência.

Depois de arrebentar pelo RB Leipzig na temporada 19/20, quando marcou 34 gols e deu 13 assistências em 45 partidas disputadas, Werner foi apontado como grande nome no ataque e o Chelsea desembolsou 53 milhões de euros para contar com o jogador.

Em Londres, Werner não conseguiu repetir o bom desempenho dos tempos de RB Leipzig e foi perdendo espaço nas temporadas seguintes. Neste ano, o jogador foi repatriado pela equipe alemã e já anotou quatro gols e nove jogos.

Timo Werner durante treinamentos na Alemanha (FOTO: Andre Pain/AFP) (Crédito:Andre Pain/AFP)

Centroavante com faro de gol, o Mundial do Catar é a competição ideal para Timo Werner confirmar as expectativas colocadas em seu desempenho.