O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, exigiu nesta quarta-feira (22) o fim dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados e condenou o “terrorismo”, em meio à violência renovada na Cisjordânia.

“Cada novo assentamento é mais um obstáculo no caminho para a paz”, disse ele ao Comitê da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino.

“Toda atividade de assentamento é ilegal sob a lei internacional. Deve parar”, disse Guterres, acrescentando que “o incitamento à violência é um beco sem saída. Nada justifica o terrorismo”.

Criado em 1975, esse comitê se reuniu na sede das Nações Unidas em Nova York quando 10 palestinos, incluindo um menor de 16 anos, foram mortos e mais de 80 feridos por disparos durante uma incursão militar israelense em Nablus, cena recorrente de confrontos no norte da Cisjordânia ocupada, de acordo com a Autoridade Palestina.

Guterres considerou que a situação “no território palestino ocupado é a mais explosiva em anos” em um contexto de um “processo de paz” israelense-palestino “bloqueado”.

“Nossa prioridade imediata deve ser evitar uma nova escalada, reduzir as tensões e restaurar a calma”, disse o secretário-geral na presença do embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour.

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