O chefe de gabinete peruano, Alberto Otálora, anunciou uma reunião “urgente” de chanceleres da Comunidade Andina (CAN) no próximo domingo em Lima, para tratar da crise de segurança no Equador.

O objetivo é “tomar decisões e analisar a situação do crime transnacional”, disse Otálora em coletiva de imprensa.

“Temos que deter o narcotráfico, que é a principal fonte de financiamento de todo este problema que gerou morte, caos e ansiedade em nosso país vizinho”, acrescentou, em referência ao Equador.

Além dos chanceleres, de acordo com o porta-voz, a reunião contará com ministros do Interior e da Defesa do Peru, Bolívia, Colômbia e Equador, os quatro países que integram o bloco.

Otálora antecipou que os governos buscarão aprofundar a cooperação “por meio de seus sistemas de inteligência, polícia e forças armadas […] na luta comum contra o crime organizado”.

Diante investida do tráfico no Equador, que levou o presidente Daniel Noboa a declarar guerra aberta contra as facções que operam das prisões equatorianas, o Peru soou o alarme e mobilizou centenas de policiais e militares na fronteira de 1.400 km.

Localizado entre Colômbia e Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador se transformou nos últimos anos em um dos principais centros de coleta e distribuição de drogas para a Europa, especialmente.

Militares e policiais equatorianos retomaram no domingo o controle de várias prisões, após a libertação de mais de 200 funcionários e guardas penitenciários que haviam sido tomados como reféns por essas organizações.

A crise começou há uma semana, quando um dos traficantes mais temidos desapareceu de sua prisão no porto de Guayaquil (sudoeste).

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