Quase 30 pessoas foram presas na Argentina após saques a estabelecimentos comerciais no último fim de semana nas províncias de Córdoba e Mendoza, acontecimentos que o governo qualificou de “atos criminosos” que procuram criar confusão em meio à campanha para a eleição presidencial de outubro.

“Há detidos pela autoridade policial e judiciária, e muitos dos organizadores são cidadãos que tinham antecedentes criminais. Não vemos nisso uma reação social, mas fatos que merecem todo o peso da lei”, declarou o chefe da Casa Civil, Agustín Rossi, nesta terça-feira (22).

Cerca de 20 pessoas foram presas hoje em Córdoba, pelo saque de pelo menos 12 lojas, informou a polícia provincial. Em Mendoza, sete foram acusadas.

Na cidade de Buenos Aires, foi denunciada na noite de segunda-feira uma tentativa de saque a uma loja, que foi impedida pelos vizinhos.

“São atos criminosos para trazer mais confusão e gerar conflitos. Não tem outra coisa, não foram saques. Buscam provocar uma ação para chamar a atenção”, disse o ministro da Segurança, Aníbal Fernández.

A Argentina atravessa uma crise econômica aguda, com inflação superior a 100% ao ano e pobreza de 40% da população.

Os argentinos recordam como um episódio traumático os saques ocorridos em dezembro de 2001, no meio da pior crise econômica, social e política do país até agora. Em 1989, no auge da hiperinflação, também houve saques generalizados.

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