O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira, 5, que a agenda de inovação da autarquia já produz impacto no spread dos bancos, ou seja, a diferença entre as taxas de captação e as taxas cobradas no crédito ao tomador final.

“Já temos impactos em alguns produtos. O Pix gerou uma bancarização e novos modelos de negócios que já têm, em parte, impacto”, disse o presidente do BC durante live sobre inovação do portal jurídico Jota.

Segundo Campos Neto, esse impacto sobre os spreads tende a ser cada vez maior, à medida que as pessoas aderirem ao Open Finance, que possibilitará a comparação das taxas cobradas pelos bancos, além de portabilidade.

Além disso, emendou Campos Neto, o controle de garantias vai fazer com que o spread “caia muito”. “Hoje, o controle de garantias é muito difícil no Brasil. Como há pouca visibilidade da garantia, você acaba tendo um spread maior”, observou, acrescentando que a facilitação da recuperação do crédito é um dos projetos trabalhados em conjunto com o Ministério da Fazenda.