O boxeador Hebert Conceição conquistou a medalha de ouro na categoria peso médio (até 75kg) nos Jogos de Tóquio, neste sábado, ao derrotar com nocaute espetacular no terceiro assalto o ucraniano Oleksandr Khyzhniak.

Com esta vitória, o baiano, de 23 anos, repete a conquista de Robson Conceição nos Jogos Rio-2016 e se torna o segundo brasileiro campeão olímpico no boxe.

Esta também é a segunda medalha do país na modalidade nas Olimpíadas na capital japonesa, depois do bronze conquistado pelo paulista Abner Teixeira na categoria peso pesado (até 91kg).

O Brasil ainda pode ganhar mais um ouro no boxe, com Beatriz Ferreira na divisão peso leve (57-60kg). Ela enfrentará a irlandesa Kellie Anne Harrington na final, na madrugada de domingo. É a primeira vez na história que equipe brasileira coloca dois pugilistas em finais na mesma edição de um evento olímpico.

Na luta pelo ouro da categoria peso médio, Hebert viu o adversário iniciar o combate com mais volume de golpes e agressivo, por vezes encurralando o brasileiro nas cordas. Ao fim dos três minutos de combate, o juízes deram vitória para o ucraniano (5 a 0, com um 10 a 9).

Na etapa seguinte, Khyzhniak manteve a intensidade e o baiano encaixou apenas dois golpes dignos de nota, o que não mudou a opinião dos árbitros em relação ao desenvolvimento do combate até então, garantindo uma nova vitória para o pugilista europeu (5 a 0, ampliando para 20 a 18).

Para alcançar o ouro, Hebert Conceição precisava de um golpe perfeito. Faltando um minuto e meio para o fim, o brasileiro acertou um direto de esquerda que levou o adversário, campeão mundial de 2017, à lona. Khyzhniak ainda tentou voltar para a luta, mas o árbitro decretou nocaute para o baiano e o sexto ouro conquistado pelo Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio (o país tem um total de 18 medalhas, com mais quatro de prata e oito de bronze).

Hebert conquistou a oitava medalha olímpica da história do boxe brasileiro. Mas o caminho até o lugar mais alto do pódio não foi tranquilo, pois ele enfrentou dificuldades nas duas primeiras lutas na capital japonesa, contra o chinês Erbieke Tuoheta e o cazaque Abilkhan Amankul, ambas com vitória por 3-2.

Nas semifinais, ele superou com tranquilidade o atual campeão mundial, o russo Gleb Bakshi (4-1). O baiano surpreendeu Bakshi com o seu boxe ágil e destemido, devolvendo assim a derrota no Mundial de 2019, também nas semifinais.

Neste torneio, disputado na cidade russa de Yekaterinburg (Rússia), o brasileiro conquistou o bronze.

No ano seguinte, ele ganhou nova medalha de bronze nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, na Bolívia, e em 2019 foi prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

lca/fp