Dois membros da organização Hashd Al Shaabi, incluindo um alto oficial militar, morreram, nesta quinta-feira (4), em Bagdá, em um ataque com drone atribuído aos Estados Unidos, anunciou essa coalizão que reúne várias milícias iraquianas próximas do Irã.

O vice-comandante de Operações de Bagdá, Mushtaq Talib Al Saidi, “caiu mártir em um ataque americano”, anunciou o movimento Al Nujaba, uma das facções da coalizão.

Segundo um encarregado do grupo que não quis se identificar, o ataque foi cometido com drones e teve como alvo um centro de apoio logístico do Hashd Al Shaabi no leste de Bagdá, capital do Iraque.

“Dois membros [do Hashd Al Shaabi] foram mortos, e outros sete ficaram feridos”, acrescentou.

O governo iraquiano acusou a coalizão internacional antijihadista estacionada no país pelo ataque e classificou o episódio como “agressão”, segundo um comunicado.

Perguntado pela AFP, um funcionário militar americano não confirmou nem negou que Washington estivesse na origem do ataque, assegurando que os Estados Unidos continuariam “atuando para proteger suas tropas no Iraque e na Síria, respondendo às ameaças que pesam sobre elas”.

O Hashd Al Shaabi (Unidades de Mobilização Popular) reúne ex-paramilitares xiitas próximos do Irã que agora estão integrados às forças regulares iraquianas.

O grupo foi alvo de vários bombardeios no Iraque nas últimas semanas, alguns reivindicados pelos Estados Unidos.

Desde 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas começou na Faixa de Gaza, as tropas americanas e as da coalizão internacional antijihadista posicionadas no Iraque e na Síria têm sido alvo de ataques quase diários com drones e foguetes.

A maioria desses ataques foi reivindicada por grupos relacionados ao Hashd Al Shaabi que se opõem ao apoio dos Estados Unidos a Israel.

Washington contabilizou mais de 100 ataques contra suas forças na Síria e no Iraque desde meados de outubro.

O país mantém cerca de 2.500 soldados no Iraque e 900 na Síria como parte da coalizão internacional criada para combater o grupo Estado Islâmico em 2014.

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