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MODERNO 
Em vez de painéis comuns, o Volt tem duas telas de LCD: uma informa a velocidade e a outra tem jogos, música e GPS

As linhas aerodinâmicas, o estilo arrojado e a mais alta tecnologia com que foi confeccionado quase deixam passar despercebida a pequena tomada na lateral esquerda do carro. Mas é justamente esse detalhe que faz toda a diferença. Depois de investir US$ 1 bilhão em pesquisas, a General Motors acaba de apresentar o Chevy Volt, um esportivo de luxo elétrico que consegue combinar estilo, desempenho, facilidade no abastecimento e preço. Além de poluir cerca de 70% menos a atmosfera, o carro elétrico da GM é veloz, possui 150 cavalos de potência e acelera a 160 km/h. O modelo chega ao mercado americano em 2010, primeiramente à cidade de Detroit, com preço de US$ 40 mil. 

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Existem carros elétricos mais velozes que o da GM, porém, custam bem mais caro. Um possante da Tesla Motors, com loja na Califórnia, alcança 300 km/h, mas não sai por menos de US$ 150 mil. “Esses carros funcionam como protótipos, não são acessíveis e mantê-los também é difícil”, diz Ron Pinelli, presidente da MotorIntelligence, uma empresa de análise do setor. Segundo ele, o diferencial do Chevy está no preço acessível somado ao visual futurista. Projetado com duas portas, acomoda confortavelmente até quatro pessoas. O interior impressiona: são duas telas de LCD no lugar dos painéis comuns, uma substitui o de velocidade e a outra, uma tela sensível ao toque, oferece informação e passatempo, como jogos em 3D, música digital, conexão bluetooth, controle digital de temperatura e localizador via satélite.

Sob o capô do Volt, a mais pura engenharia verde. São 181 quilos só de baterias de íon lítio que ficam abaixo do painel central e banco traseiro. A GM projetou a autonomia do Chevy para a necessidade diária urbana, que seria de 64 quilômetros. “É o suficiente para ir ao trabalho, mercado, pagar contas e visitar os amigos”, diz o diretor de projetos da GM, Bob Boniface. “Para quem quiser rodar mais sem ter de parar em algum lugar para ligar o carro na tomada, criamos um motor híbrido que, alimentado por biodiesel, pode garantir mil quilômetros a mais.” Para carregar totalmente, o carro precisa ficar três horas ligado na tomada. A General Motors estima que a recarga completa saia por US$ 1. A montadora acredita no sucesso do seu novo possante e pretende vender dez mil unidades no primeiro ano de comercialização, apesar da crise que assola a economia americana, especialmente o setor automotivo. Hoje, são fabricados cerca de 250 mil carros elétricos nos Estados Unidos. A previsão é que este número chegue a 1 milhão em 2015.

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