Quem já viu o cantor num palco sabe da sua força cênica e do domínio/fascínio que ele exerce sobre o público. Traduzida para o disco, no entanto, sua performance não chega a extasiar – falta o clima teatral das roupas, das luzes –, mas mesmo assim, devido ao repertório de primeira selecionado por Ney, o álbum se instala entre as boas “novidades” da onda de gravações ao vivo. Há tempos explorando os registros mais graves da sua voz especial, Ney Matogrosso, com seu estilo pop-eclético, consegue interpretações memoráveis de Poema, de Cazuza e Roberto Frejat, O último dia, de Paulinho Moska e Billy Brandão, ou Mesmo que seja eu, de Roberto e Erasmo Carlos. (A.R.)
Ouça com atenção