Os japoneses costumam degustá-lo depois das refeições. Além de digestivo, o chá verde, ou ban chá, tem propriedades medicinais: é antioxidante e antiinflamatório. Por ser refrescante, tem sido usado em sorvetes e receitas requintadas. Um estudo, feito pelo Hospital Medical Center de Ohio, EUA, mostrou que tomar duas xícaras por dia ajuda a prevenir alguns tipos de câncer. Agora, os atributos das folhas estão sendo reconhecidos na cosmética. Marcas como Lancôme, Givenchy, Clinique, L’Occitane, Avon e Bvlgari lançaram cremes e perfumes que incluem o chá verde na fórmula. O badalado cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi, de São Paulo, acaba de lançar uma linha para cabelos, aprovada por celebridades como Cláudia Ohana, Luciana Gimenez e Carla Perez, entre outras. “O chá verde ajuda a tratar cabelos castigados por muita química”, diz Biaggi.

As marcas famosas também apostam no efeito antienvelhecimento. O creme Anti-gravity Firming Eye, da Clinique, por exemplo, atenua as rugas ao redor dos olhos por diminuir a ação dos radicais livres. Também por isso, o Botanisource, da Avon, ameniza os sinais de envelhecimento, e o Firm Profile Serum, da Givenchy, ajuda a restaurar a firmeza e a luminosidade da pele. A Lancôme apostou nas virtudes do chá em sua linha Aromatonic, que inclui hidratante, óleo para banho e até um pó para ser diluído em água e diminuir a sensação de umidade do corpo. A L’Occitane elaborou uma linha completa, a Téa Vert. “Os cremes nutrem a pele e os perfumes refrescam e deixam um aroma delicioso”, afirma Valerie Jaminet Reysset, gerente da L’Occitane em São Paulo.

O aroma do chá verde conquistou ninguém menos que Sharon Stone, que elegeu o Eau Perfume, da Bulgari, como o seu cheiro. Agora, a marca lançou o Eau Perfume Extrême, a mesma fragrância numa versão concentrada. Há dois meses, a Lily Prune colocou no mercado um outro perfume com extrato de chá verde: o Fizzy Tea. Na opinião de Miriam Mayo Bonzoi, da Mick Mec, que importa o produto, o cheiro das folhas ajuda a levantar o astral. “É feito para mulheres dinâmicas que curtem a vida”, arrisca ela. Os orientais sabem mesmo das coisas…