Em post publicado ontem no blog da empresa, a Zoom pediu desculpas pelas falhas de privacidade de seu app de chamadas de vídeo. “Ficamos abaixo de nossas expectivas de privacidade e segurança. Por isso, peço desculpas”, disse o CEO da empresa, Eric Yuan. Ele disse ainda que, nos próximos três meses, a Zoom vai interromper o desenvolvimento de novos recursos e focar seus esforços em consertar as brechas divulgadas pela imprensa nos últimos dias.

Até algumas semanas atrás, o Zoom era um app basicamente usado por quem fazia reuniões corporativas. Mas, com a pandemia de coronavírus, o uso do app explodiu. Com a fama, veio também uma maior atenção da mídia e órgãos de privacidade, que detectaram uma série de problemas de privacidade no app.

Para começar, o Zoom dizia que suas chamadas tinham criptografia de ponta-a-ponta, o que simplesmente não era verdade. O app também teve que ser atualizado para remover um recurso que repassava dados do usuário para o Facebook, e um recurso que mostrava dados do LinkedIn dos usuários foi removido. Outro problema é o zoombombing, quando um estranho simplesmente invade um call para trollar as reuniões.

No post Yuan argumenta que muitos dos problemas vêm do fato de que o Zoom foi criado para reuniões corporativas, e não para o uso pessoal. Nos próximos 90 dias, a empresa pretende trabalhar com especialistas de segurança de outras companhias, rodar testes de vulnerabilidade e publicar relatórios de transparência.