ROMA, 5 AGO (ANSA) – Um zoológico da Dinamarca lançou um apelo para que pessoas doem animais domésticos idosos ou que precisem ser sacrificados para alimentar os grandes felinos mantidos no local, como leões, tigres e linces.
Em publicação no Facebook, o zoo de Aalborg pediu a doação de bichos como coelhos, porquinho-da-índia, galinhas e até cavalos indesejados, mas não para oferecer a eles uma nova vida, e sim para alimentar os seus próprios hóspedes.
Segundo o zoológico, os animais domésticos passariam por uma eutanásia antes de ser levados aos felinos, e proprietários de cavalos poderiam obter até isenções fiscais.
“Em zoológicos, temos a responsabilidade de imitar a cadeia alimentar natural dos animais, tanto em prol do bem-estar animal quanto da integridade profissional”, afirmou o zoo de Aalborg, acrescentando que bichos de pequeno porte “constituem uma parte importante da dieta dos predadores”.
“Se você tem um animal que precisa ser sacrificado, sinta-se à vontade para doá-lo para nós. Os animais são sacrificados com cuidado por uma equipe treinada e, em seguida, usados como alimento. Dessa forma, nada é desperdiçado, e garantimos o comportamento natural, a nutrição e o bem-estar de nossos predadores”, destacou.
Os animais pequenos podem ser doados em dias úteis, com um limite de no máximo quatro por vez, sem necessidade de agendamento. Já os cavalos precisam ter passaporte equino e não devem ter passado por tratamentos médicos nos 30 dias anteriores.
“Ao criar carnívoros, é necessário fornecer-lhes carne, de preferência com pelos, ossos, etc., para garantir que recebam a dieta mais natural possível. Portanto, faz sentido permitir que animais que precisam ser sacrificados sejam utilizados dessa forma. Essa prática é comum na Dinamarca, e muitos de nossos visitantes e parceiros apreciam a oportunidade de contribuir”, disse a vice-diretora do zoológico, Pia Nilsen.
Apesar disso, o pedido de doação recebeu dezenas de reações negativas no Facebook, e o zoológico fechou a sessão de comentários na publicação. “Entendemos que a publicação desperta emoções e interesse, mas discursos odiosos e maliciosos não são necessários”, justificou. (ANSA).