“Zona Eleitoral” é uma coluna de notas sobre as eleições gerais deste ano, produzida pelos jornalistas da Reuters no Brasil
19 Ago (Reuters) – O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta sexta-feira a suspensão dos repasses dos fundos eleitorais para a campanha de Roberto Jefferson (PTB) a presidente da República.
A medida, que vale até o julgamento do mérito do requerimento de registro da candidatura, foi tomada por Horbach ao examinar pedido do Ministério Público Eleitoral, que pede a impugnação da candidatura.
O argumento: ele foi condenado no processo do mensalão, o que o tornou inelegível até dezembro de 2023. Nem mesmo o fato de o STF ter declarado extinta sua punição em 2016, com base em um indulto presidencial, não libera ele a concorrer. Caberá ao TSE decidir a questão.
MARGEM DE ERRO
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o crescimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas mais recentes. Segundo Lula, o aumento foi só uma variação na margem de erro, e pode cair na próxima.
“Alckmin e eu somos a candidatura preferida. Estou convencido que vamos ganhar eleições”, disse.
Pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira mostrou Lula com os mesmos 47% registrados em julho, enquanto Bolsonaro foi de 29% para 32% — a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
CUNHA BARRADO
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, suspendeu a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que permitia ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha concorrer nas eleições para deputado federal este ano. O ex-todo poderoso presidente da Câmara dos Deputados, que chegou a ser preso e condenado pela Lava Jato, registrou sua candidatura pelo PTB de São Paulo.
Fux derrubou uma decisão que anulava parte do processo de cassação do mandato de Cunha.
CIRO LIMPA NOME
O candidato do PDT ao Palácio do Planalto retomou, em vídeo no Twitter, a proposta de limpar o nome dos endividados incluídos em cadastros de devedores, que foi uma das principais marcas de sua campanha em 2018, quando terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com 12,47% dos votos válidos.
“Eu vou limpar o nome das mais de 66 milhões de pessoas e das mais de 6 milhões de empresas que estão no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e no Serasa”, promete Ciro no vídeo, afirmando que financiará essas dívidas a “prazos longos e juros baixíssimos”.
Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, Ciro está uma distante terceira posição na corrida eleitoral com 7% das intenções de voto.
(Por Ricardo Brito, Lisandra Paraguassu e Eduardo Simões)