ROMA, 20 SET (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou neste sábado (20) que se reunirá com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) na próxima semana.
O encontro ocorrerá em meio à escalada dos ataques aéreos e à falta de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.
Em declarações à imprensa, Zelensky destacou que teria “uma reunião com o presidente dos Estados Unidos” para discutir garantias de segurança em caso de um acordo de paz com a Rússia, bem como as sanções contra Moscou que seu país exige dos Estados Unidos.
“Pode ser que não haja um documento definitivo para encerrar a guerra. É por isso que, por exemplo, o presidente francês, Emmanuel Macron, diz que as garantias de segurança não devem esperar até que a guerra termine. E concordo com ele que um cessar-fogo, por exemplo, é suficiente para fornecer garantias de segurança”, afirmou o líder ucraniano.
Zelensky acredita que garantias de segurança são necessárias antes de se chegar a um acordo provável para encerrar a guerra, que já dura mais de três anos.
“Ninguém está considerando o modelo ‘coreano’, ‘finlandês’ ou qualquer outro. Porque temos o que temos. E ninguém sabe qual será o resultado final. Mas sabemos qual é o primeiro passo.
Sabemos quais garantias de segurança são importantes para nós.
Que garantias de segurança impedirão os russos de invadir com novas agressões? Mesmo que o fizessem, encontrariam resistência.
Resistência real”, acrescentou.
Por fim, o presidente ucraniano expressou frustração e disse que “vincular” possíveis sanções dos EUA a exigências para que os países europeus ajam primeiro significa “diminuir a pressão sobre Putin”.
“Trump espera uma ação decisiva da Europa. Acredito que estamos perdendo muito tempo se sanções não forem impostas ou medidas concretas não forem tomadas, o que esperamos fortemente dele”, concluiu.
As declarações são dadas após o Exército de Vladimir Putin executar um de seus maiores ataques aéreos, com o lançamento de 40 mísseis e 580 drones, contra o território ucraniano. A nova ofensiva deixou ao menos três mortos e dezenas de feridos, informou Zelensky.
Em resposta, as tropas de Kiev lançou um ataque com drones e matou quatro pessoas na região russa de Samara. (ANSA).