Zelensky quer garantia para negociar plano de Trump sobre guerra

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e presidente eleito dos EUA, Donald Trump, durante encontro em Nova York
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, e presidente eleito dos EUA, Donald Trump, durante encontro em Nova York Foto: REUTERS/Shannon Stapleton

ROMA, 10 FEV (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse nesta segunda-feira (10) que estaria pronto para negociar os planos do governo norte-americano para encerrar a guerra, caso haja a garantia de que a América e a Europa não abandonem seu país.

A declaração foi dada em entrevista após o telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre o fim do conflito deflagrado contra o território ucraniano há quase três anos.

“Se eu soubesse que a América e a Europa não nos abandonarão e nos darão garantias de segurança, estaria pronto para qualquer formato de diálogo”, afirmou ele, ao canal de TV britânico ITV, citada pelo jornal The Guardian.

À emissora, Zelensky enfatizou que a Ucrânia não que repetir acordos de paz e negociações que não produziram resultados nos anos que antecederam a invasão em grande escala de Moscou em fevereiro de 2022. E isso significa colocar garantias de segurança em prática.

“Se houver garantias de segurança, então podemos falar sobre o fim da ‘fase quente’ da guerra”, disse o líder ucraniano, enfatizando a necessidade de “entender que precisamos saber exatamente como essa guerra vai acabar” e “que estamos todos do mesmo lado que a América e a Europa”.

Segundo Zelensky, Trump “não precisa apenas acabar com a guerra, mas precisa agir para que Putin não tenha mais nenhuma chance de travar uma guerra” com a Ucrânia. “Esta é a principal coisa e todos devem reconhecer isso. Seria uma vitória”.

Por fim, alertou que “um conflito congelado levará a mais agressões de novo e de novo”. “Quem ganhará os prêmios e entrará para a história como o vencedor? Ninguém. Será uma derrota absoluta para todos, tanto para nós, como é importante, quanto para Trump”, concluiu o líder ucraniano. (ANSA).