NOVA YORK, 28 JUN (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sugeriu na tarde desta terça-feira (28) que a Organização das Nações Unidas (ONU) envie uma comissão de inquérito a Kremenchuk para investigar ataques de mísseis russos contra civis.   

O pedido foi feito durante sua participação por videoconferência na reunião do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia.   

“Sugiro que as Nações Unidas enviem um representante especial ou o secretário-geral, ou uma comissão ao local deste ato terrorista, para que possa encontrar informações de forma independente e ver que é, na verdade, um ataque com mísseis russos”, declarou.   

Zelensky pediu ainda aos membros do Conselho de Segurança, incluindo os representantes da Rússia e da China, para homenagearem “todos os ucranianos que foram mortos nesta guerra com um minuto de silêncio”.   

Durante seu pronunciamento, o presidente da Ucrânia reiterou mais uma vez que a Rússia não tem o direito de permanecer no Conselho de Segurança da ONU.   

“Em qualquer outro lugar do mundo, uma organização como a Rússia, que tem como alvo civis, seria chamada de terrorista”, explicou ele. “Quem entre vocês discorda de que o ataque da Rússia a civis e infraestrutura civil é terrorismo?”, questionou.   

O duro discurso foi feito um dia após um bombardeio russo atingir um shopping center de Kremenchuk, no centro-leste da Ucrânia, e deixar pelo menos 20 mortos e 59 feridos. Centenas de socorristas continuam procurando por vítimas nos escombros do edifício.   

Hoje, seis membros do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Reino Unido, França, Noruega, Irlanda e Albânia -, juntamente com a Ucrânia, “condenaram” os ataques a civis em Kremenchuk.   

Além disso, as nações reiteraram seu “total apoio à independência e integridade territorial da Ucrânia, condenando a intensificação dos ataques de mísseis da Rússia no país, visando infraestrutura civil e áreas residenciais”.   

Eles também condenaram qualquer violação das leis humanitárias internacionais e reforçaram seu apelo ao respeito à Convenção de Genebra. (ANSA)