ROMA, 16 AGO (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou neste sábado (16) que irá a Washington na próxima segunda-feira (18) para se reunir com seu homólogo dos Estados Unidos, Donald Trump, na esteira do encontro no Alasca entre o magnata republicano e o mandatário da Rússia, Vladimir Putin.
“Encontrarei o presidente Trump em Washington na segunda-feira para discutir todos os detalhes relativos ao fim dos assassinatos e da guerra. Sou grato pelo convite”, escreveu o líder ucraniano no X, após ter conversado com o chefe de Estado americano por telefone.
“Apoiamos a proposta do presidente Trump para um encontro trilateral entre Ucrânia, Estados Unidos e Rússia. A Ucrânia ressalta que as questões cruciais podem ser discutidas em nível de líderes e que um formato trilateral é adaptado a esse objetivo”, acrescentou.
Em sua conta na rede social Truth, Trump afirmou que, se o encontro de segunda-feira tiver um desfecho positivo, será possível “marcar uma reunião com Putin”. “Potencialmente, milhões de vidas serão salvas”, assegurou o republicano.
Zelensky também elogiou os “sinais positivos” dos EUA a respeito de futuras garantias de segurança para a Ucrânia no caso de um cessar-fogo. No pronunciamento após o encontro com Putin, Trump disse que isso deve acontecer fora do guarda-chuva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com a liderança da Europa.
De acordo com o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, está em discussão uma proposta para que, mesmo sem entrar na aliança, a Ucrânia tenha garantias de segurança no modelo do artigo 5 do tratado da Otan, que estabelece que um ataque a um país-membro é uma agressão a todos os outros.
A reunião entre Putin e Trump no Alasca não trouxe novidades concretas a respeito do fim da guerra russo-ucraniana, mas, segundo os dois líderes, pode abrir caminho para a paz. “Fizemos progressos e concordamos em muitos pontos”, destacou o presidente americano em entrevista à Fox News, acrescentando que a bola agora está no campo “de Zelensky e dos europeus”.
“Putin falou muito sinceramente de seu desejo de colocar fim à guerra na Ucrânia”, garantiu Trump, que ainda aconselhou o presidente ucraniano a “fazer um acordo”. (ANSA).