O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, anunciou neste sábado (15) o início de uma “reforma” das empresas públicas do setor energético ucraniano, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um amplo escândalo de corrupção nos últimos dias.
Na segunda-feira, o Escritório Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) anunciou que descobriu um “sistema criminoso” responsável pelo desvio de 100 milhões de dólares (mais de 500 milhões de reais) neste setor, o que levou à destituição dos ministros da Justiça e da Energia.
“Estamos iniciando a reforma das principais empresas públicas do setor energético”, declarou o mandatário ucraniano em um comunicado divulgado nas redes sociais.
Segundo o comunicado, um novo conselho de supervisão deverá estar em funcionamento “no prazo de uma semana” na Energoatom, operadora nuclear pública no centro do escândalo.
Além da Energoatom, também estão implicadas outras empresas públicas de energia, como a operadora hidrelétrica do país e as operadoras nacionais de extração e transporte de gás.
De acordo com Zelensky, será realizada uma “auditoria completa” das atividades financeiras dessas empresas, bem como a renovação de seus diretores e dos “representantes do Estado” que integram seus órgãos de direção.
“Qualquer esquema descoberto nessas empresas deve receber uma resposta rápida e justa”, acrescentou.
O mandatário ucraniano assegurou em seu comunicado que ordenou aos responsáveis governamentais manter uma “comunicação constante e construtiva com as forças da ordem e os organismos de combate à corrupção”.
Além dos problemas jurídicos, o setor energético ucraniano foi duramente afetado nos últimos dias por uma campanha de ataques com mísseis e drones russos, que deixou grande parte da Ucrânia na escuridão.
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