O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se reúne neste domingo (14) em Berlim com uma delegação dos Estados Unidos liderada pelo enviado especial Steve Witkoff e pelo genro de Donald Trump, Jared Kushner, para negociar o fim da guerra com a Rússia.
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O presidente americano busca encerrar este conflito, que se arrasta há quase quatro anos, mas questões-chave permanecem pendentes nas negociações, como as concessões territoriais da Ucrânia, as garantias de segurança exigidas por Kiev e se a Rússia aceitará as propostas feitas pelos europeus e americanos.
“Começamos a nossa reunião”, anunciou Zelensky no Facebook, em uma publicação com uma foto da delegação ucraniana ao lado do chanceler alemão, Friedrich Merz, e dos representantes dos EUA, incluindo Witkoff, Kushner e o comandante-em-chefe da Otan na Europa, o general americano Alexus Grynkewich.
Antes da reunião, Zelensky afirmou estar aberto ao diálogo e reiterou a importância do encontro, durante uma coletiva de imprensa online. O presidente ucraniano informou que as negociações agendadas na capital alemã continuariam durante o domingo e a segunda-feira.
Ele acrescentou que ainda não recebeu uma resposta dos Estados Unidos à versão mais recente do plano proposto para o fim do conflito, revisado esta semana por Kiev e seus aliados europeus e posteriormente enviado a Washington.
Zelensky reiterou que Kiev quer garantias de segurança de seus aliados europeus e de Washington para dissuadir a Rússia de atacá-la novamente em caso de cessar-fogo.
“Estamos considerando um plano-quadro de 20 pontos, que culmina em um cessar-fogo (…). Queremos garantir que a guerra não se repita”, afirmou.
Ele especificou que as “discussões bilaterais de segurança” atualmente consideram um mecanismo inspirado no Artigo 5 da Otan (que prevê a proteção mútua dos Estados-membros), sem a adesão formal da Ucrânia à Aliança Atlântica.
Zelensky afirmou que espera que os Estados Unidos apoiem a ideia de congelar a linha de frente onde está, em vez de a Ucrânia ceder toda a região leste do Donbass, como exige Moscou.
“A opção mais justa é que as coisas ‘permaneçam como estão'”, argumentou Zelensky.