Zeca Pagodinho, 66 anos, teve a inciativa de criar uma horta para a população carente de Xerém, distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
O cantor, que tem um instituto que leva o seu nome, cedeu um terreno de oito mil metros quadrados a cerca de um quilômetro de distância de seu sítio para plantação de verduras. Tudo o que está sendo cultivado lá, será direcionado às famílias que necessitam de apoio com alimentação todos os dias.
O espaço já começou a dar rúcula, alface roxa, coentro e tantas outras, e leva o nome de “Horta Urbana Xerém I”, e teve o projeto iniciado antes de a notícia da saída do Brasil do Mapa da Fome repercutir.
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Segundo o jornal “O Globo”, ação conta com recursos do Ministério do Desenvolvimento Agrário e de emenda parlamentar da deputada federal Benedita da Silva, além da mão de obra de agricultores formados pelo Instituto Zeca Pagodinho (IZP), em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio e a Embrapa.
A proposta é que, com o tempo, creches, escolas públicas e mais moradores de Xerém em vulnerabilidade social se beneficiem da iniciativa.
Cerca de 11.100 mudas já foram plantadas, como: abóbora italiana, acelga, alfaces, beterraba, brócolis, escarola, quiabo, rúcula e salsa, além das mais de 50 mudas de frutas, como: acerola, araçá, carambola, grumixama, jabuticaba, laranja Bahia, manga Palmer e tangerina Pokan.
A horta deve começar a cadastrar pessoas que vão receber o alimento gratuitamente no próximo ano. Parte do cultivo será vendida ao município de Caxias via Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o Estado do Rio tinha 1,2 milhão de pessoas em situação de insegurança alimentar em 2023. Uma situação que se desenhava mais de 20 anos antes, quando foi lançada “Caviar” — do Trio Calafrio e gravada por Zeca, que entoava que mesmo diante da “comida de rico”, o olhar para o lado se “depara com a fome”.
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