Um dos principais líderes das manifestações em favor do presidente Jair Bolsonaro, Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, está no México. Antes de ter a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ele deixou o país e pediu refúgio no México. As informações são do jornal Extra.
No pedido, ele alegou que era vítima de perseguição política no Brasil. De acordo com o advogado Levi de Andrade, que defende Zé Trovão, foi apresentado às autoridades mexicanas a busca e apreensão de 20 de agosto realizada na casa do caminhoneiro e a decisão que o proibia de usar as redes sociais. “A restrição à opinião que, em qualquer lugar do mundo, não é aceitável. Não existe no nosso ordenamento jurídico o crime de opinião, a censura”, afirmou o advogado.
Ainda conforme o advogado, o México foi escolhido por Zé Trovão por algumas características que dificultam a extradição, como a necessidade de condenação para extraditar. Zé Trovão não foi condenado no Brasil e a prisão dele é provisória.
No último dia 10, o ministro Edson Fachin negou o pedido de habeas corpus apresentado pelos deputados bolsonaristas Vitor Hugo (PSL-GO) e Carla Zambelli (PSL-SP) em benefício de Zé Trovão.
Ele é um dos líderes das manifestações em favor do presidente que orientou caminhoneiros e outros bolsonaristas a “invadirem” Brasília no dia 7 de setembro, com ameaças principalmente ao STF.
Na última quinta-feira (9), a Polícia Federal incluiu o nome de Zé Trovão na lista da Interpol, após uma ordem judicial de Alexandre de Moraes.