Após anunciar que deixará a Globo no fim do mês de junho, em live com o ex-presidente Lula, Zé de Abreu concedeu entrevista ao blogueiro Maurício Stycer, do UOL, e revelou que até já recebeu dinheiro emprestado do canal, quando foi questionado se a saída dele da Globo estava relacionada à sua militância política.

“Não exatamente. Saí em 2014, ainda antes do episódio da “cuspida” (quando ele se envolveu em confusão com um casal em um restaurante). Mas nada a ver com a Globo, que sempre respeitou minha posição política, inclusive me emprestou dinheiro para eu comprar meu apartamento na França. Saí pela necessidade interior de morar onde não me conhecessem”, disse.

“Queria ter uma vida “incógnita”, depois de tantos anos de autógrafos e selfies. A perseguição política começou na campanha (presidencial) do José Serra, em 2010. Depois das duas últimas novelas das nove, vi que ficou impossível viver aí. Muita ameaça de morte, provocações na rua”, finalizou.

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Também na entrevista, Zé de Abreu afirma que acredita que a militância política acabou atrapalhando sua carreira nos últimos anos. “Sim, principalmente no cinema. Fui tirado de um filme onde eu era o criador da ideia original! Sacanagem de uma mulher que era minha amiga íntima (já brigou com muita gente no cinema).

“Não guardo ressentimento, não creio que ela esteja bem depois de certas coisas que aconteceram na vida dela. Sabe Lei do Retorno? Há também censura econômica. Patrocinadores preferem atores anódinos. E os patrocinadores estatais me bloquearam desde o golpe na Dilma”, completou.

Por fim, comentou sobre ter algo em vista em relação à carreira internacional, que ele disse querer seguir quando deixar a Globo oficialmente: “Algumas coisas, mas tudo dependia do fim do vínculo com a Globo, eu sou muito consciente das minhas responsabilidades profissionais. Em Portugal tenho um convite, mas nem quis conversar. Só depois de julho que posso assinar qualquer outra coisa. Tem um filme que está quase fechado, mas tudo pra depois de julho, aqui na Nova Zelândia”.