O ginasta Arthur Zanetti já tem com que se preocupar nos Jogos Olímpicos do Rio. Campeão olímpico em Londres-2012, o brasileiro foi superado pelo grego Eleftherios Petrounias, atual campeão mundial, na classificatória das argolas neste sábado, na Arena Olímpica do Rio. Agora só resta esperar as outras duas subdivisões até o fim do dia para saber se os ginastas se mantêm nas primeiras posições.

O brasileiro foi o primeiro a se apresentar nas argolas, mostrou segurança e cravou a saída do aparelho. A comemoração veio com o punho cerrado, mas a nota 15,533 deixou Zanetti em estado de atenção. Apesar de ter dado um pequeno passo na finalização, o grego esteve mais firme em seus movimentos e arrancou 15,833 dos árbitros. A pontuação de Zanetti foi melhor do que o seu resultado no último Mundial, no qual os 15,433 não foram suficientes para colocá-lo na final.

Não foram muitas pessoas que puderam ver Zanetti em ação, as longas filas na entrada do Parque Olímpico comprometeram a chegada do público. Conforme o ponteiro do relógio avançava, os lugares eram preenchidos. Enquanto aguardava o início do solo, a quinta rotação, a torcida fez até ‘ola’ nas arquibancadas.

Os outros brasileiros tiveram notas regulares nas argolas – Arthur Nory Mariano (14,033), Francisco Barretto Júnior (14,200) e Sérgio Sasaki (14,133). A final das argolas ocorrerá no dia 15 de agosto. Em seguida, os donos da casa seguiram para os saltos. No segundo aparelho, o desempenho coletivo foi mais representativo para a disputa por equipes.

Outro ponto alto da apresentação do Brasil veio no solo, com Diego Hypolito. Em sua terceira Olimpíada, o ginasta brilhou na apresentação sem grandes falhas e deixou o tablado emocionado. Na saída, deu um forte abraço no técnico Marcos Goto. A nota 15,500 levou o ginasta às lágrimas e ele também foi ovacionado pela torcida.

O resultado, que equivaleria à medalha de prata no último Mundial, deixou Hypolito em segundo lugar da primeira subdivisão e com um pé na final do solo, marcada para dia 14 de agosto. O japonês Kenzo Shirai, bicampeão mundial no solo, somou 15,333 e ficou atrás do brasileiro, já o ginasta mais completo do mundo, Kohei Uchimura, conseguiu 15,533 e superou Hypolito por pouco. A baixa nota de Chico (13,433) foi descartada, Nory conseguiu um bom resultado (15,200) e Sasaki até mandou beijo para a torcida antes de saber sua nota: 14,900.

Mais cedo, os ginastas se apresentaram nos saltos. Diego Hypolito cravou 14,816 em sua tentativa, mas quem surpreendeu foi Arthur Nory Mariano, com 15,100. A satisfação veio em forma de sorriso. A nota mais alta ficou com Sasaki (15,266). Já Chico teve a pior pontuação (14,200) e a nota descartada. Como Sasaki busca a final neste aparelho, precisou fazer um segundo salto. A média de 15,016 foi levada em consideração no individual.

Os generalistas deram conta do recado nas barras paralelas, na barra fixa e também no cavalo com alças. Com apenas três inscritos, os brasileiros não poderiam errar e não se deixaram abater. Nas paralelas, Sasaki e Nory computaram 14,933, enquanto Chico fez 14,900. O ginasta menos conhecido do grupo deixou o aparelho pedindo vibração da torcida, que correspondeu.

A energia foi absorvida por ele e transformada em resultado na barra fixa. A pontuação 15,266 foi surpreendente e recebida com muita festa por Chico. Sasaki garantiu 14,833 de pontuação e Nory fez 14,766 no aparelho, desempenho abaixo do esperado depois do 4º lugar no Mundial de Glasgow.

No cavalo com alças, o último aparelho do Brasil na classificatória, Sasaki teve o melhor desempenho entre os brasileiros e o 4º lugar no geral ao anotar 14,833. Chico ficou com a nota 14,533 e Nory 14, 433. No resultado parcial por equipes, o Brasil terminou em segundo lugar, com 268,078 na somatória das notas, atrás do Japão, que totalizou 269,294. No individual geral, Sérgio Sasaki ocupou o terceiro posto (88,898), seguido por Arthur Nory Mariano (88,465). Os brasileiros ficaram atrás dos japoneses Kohei Uchimura (90,498) e Ryohei Kato (89,232).