O Ministério Público da Itália emitiu nesta quarta-feira, 22, parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), foragida no país desde a condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A parlamentar está presa em Roma desde julho, por decisão da Corte de Apelação, que apontou risco de fuga. Zambelli anunciou que deixaria o país depois de ser condenada a 10 anos na cadeia por contratar o hacker Walter Delgatti Neto para invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Ela passou pelos Estados Unidos e, então, rumou à Itália, onde tem cidadania.
Em sua defesa, a deputada disse que só poderia ser presa “em flagrante e por crime inafiançável” porque é protegida pela imunidade parlamentar, tese defendida por aliados e que levaria a decisão sobre a prisão a passar pelo crivo do plenário da Câmara dos Deputados.
O parecer do Ministério Público italiano responde à demanda das autoridades brasileiras, que pediram a extradição de Zembelli. Como relatou a IstoÉ, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil condenado no processo do Mensalão, foi extraditado pela Itália a pedido do governo brasileiro em 2015 para cumprir sua pena.