SÃO PAULO, 28 JUL (ANSA) – A deputada federal Carla Zambelli, que fugiu do Brasil para a Itália após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por hackear o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estaria aguardando um pedido formal para se apresentar às autoridades europeias, de acordo com seu advogado, Fábio Pagnozzi.
Em declarações ao programa “Estúdio i”, da GloboNews, o representante da parlamentar mencionou que o governo italiano não realizou nenhuma manifestação em “desfavor” de Zambelli.
“Ela pensa em se apresentar às autoridades italianas a partir do momento que aja um pedido formal na Itália. Desde que ela foi para a Itália, não houve uma manifestação do governo italiano em desfavor da deputada”, declarou Pagnozzi.
Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão por conta de uma invasão aos sistemas do CNJ com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto, sentenciado a oito anos e três meses de cadeia. O objetivo do crime seria prejudicar a credibilidade do poder Judiciário.
No início de junho, a deputada fugiu para a Itália, país do qual tem cidadania, porém continuou ativa nas redes sociais e chegou a cogitar a hipótese de disputar as próximas eleições legislativas italianas, mas depois voltou atrás.
Já em um vídeo publicado nas redes sociais, Zambelli afirmou que está vivendo como “exilada política” em território italiano e agradeceu o apoio do senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Eu queria dizer que hoje acordei com uma notícia muito boa, que é um vídeo do Flávio Bolsonaro falando por mim, pedindo por mim para a Giorgia Meloni, para o Matteo Salvini, que é o vice-primeiro-ministro daqui, pedindo para que me recebessem porque sou uma exilada política, sou uma perseguida política no Brasil”, declarou. (ANSA).