A venezuelana Yulimar Rojas escreveu a página mais importante de sua carreira esportiva, ao alcançar a marca de 15,67 metros neste domingo (1º), em Tóquio, e conquistar seu primeiro ouro olímpico com um recorde mundial que estava de pé há quase três décadas.

Rojas, de 25 anos e que tinha uma melhor marca pessoal de 15,43 metros antes dessa final, melhora em 17 centímetros o recorde anterior. Esta marca pertencia à ucraniana Inessa Kravets, com 15,50 metros registrados no Mundial de Gotemburgo-1995.

“Não tenho palavras. Não consigo descrever o que sinto neste momento. Uma medalha de ouro olímpica, com um recorde olímpico, com um recorde mundial… É uma noite fantástica”, comentou a grande protagonista do dia.

“Sabia que tinha essa distância nas minhas pernas, que podia conseguir isso hoje. Estava falhando em algo no aspecto técnico, mas, no último salto, deu tudo de mim para conseguir”, acrescentou.

A prata de Tóquio-2020 nesta prova ficou com a portuguesa Patricia Mamona (15,01 metros), e o bronze, com a espanhola Ana Peleteiro (14,87 metros). O resultado de ambas também representa recordes para seus países.

Depois de levar a prata nos Jogos do Rio-2016, atrás de Caterine Ibargüen, de 37 anos, Yulimar Rojas agora sucede à estrela colombiana, que ficou em 10º nesta domingo, marcando apenas 14,25 metros.

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“Estou super feliz por ela. Aproveito para felicitá-la. De verdade, não era um segredo que ela vinha destinada a grandes coisas, que, graças a Deus, isso aconteceu na pista e que teve o dia perfeito para realizar seus sonhos”, comentou Ibargüen sobre Rojas.

“Que Deus a abençoe e que, a cada dia, continue desenvolvendo tão grandes saltos para que nosso esporte continue crescendo”, acrescentou a colombiana, campeã mundial em 2013 e 2015 e ouro olímpico em Rio-2016.

“Para mim, foi um prazer estar aqui”, reforçou Ibargüen, considerando que sua trajetória de sucessos “abriu um caminho” para futuros atletas da Colômbia.

Este é o primeiro ouro da Venezuela nesta edição dos Jogos e confirma a hegemonia absoluta desta mulher que conquistou os dois últimos mundiais: Londres-2017 e Doha-2019.

É, ainda, a quarta medalha do país em Tóquio-2020. Além do segundo lugar de Daniel Dhers no ciclismo BMX freestyle, a Venezuela teve outras duas pratas, ambas em levantamento de peso: Julio Mayora (categoria de 73 kg) e Keydomar Vallenilla (96 kg).

dr/psr/tt


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