Donos de um canal no Youtube com mais de 6,6 milhões de inscritos, os gêmeos Alan e Alex Stokes se declaram culpados de praticar falsos roubos a bancos na Califórnia, nos Estados Unidos. As informações são da emissora CBS Los Angeles.

Em 2020, os irmãos de 23 anos foram acusados de crime de falsa prisão por violência, ameaça ou fraude e duas acusações de contravenção por relatar uma emergência falsa ligada às pegadinhas gravadas em 15 de outubro de 2019, na cidade de Irvine.

De acordo com a promotoria de Orange County, as acusações preveem um máximo de cinco anos de prisão. No entanto, os youtubers aceitaram uma oferta de acordo feita pelo juiz e admitiram a culpa. Com isso, cada um foi condenado a 160 horas de serviço comunitário, um ano de liberdade condicional formal e condenados a pagar a restituição.

O juiz do caso também determinou que os dois devem parar de fazer vídeos imitando comportamento criminal.

Já os promotores se opuseram ao acordo feito entre os acusado e o tribunal. “Esses crimes poderiam facilmente ter resultado em alguém seriamente ferido ou morto”, disse o promotor distrital de Orange County, Todd Spitzer, em um comunicado.

“Um assalto a banco ativo não é uma resposta policial casual e esses policiais estavam literalmente arriscando suas vidas para ajudar pessoas que acreditavam estar em perigo. É irresponsável e temerário que esses dois indivíduos se importassem mais em aumentar o número de seguidores na internet do que com a segurança dos policiais ou com a segurança do motorista inocente do Uber que foi obrigado a sair de seu carro sob a mira de uma arma”, ressaltou Spitzer.

Relembre o caso

Em outubro de 2019, a dupla de youtubers se vestiu de preto, colocou capuzes e saiu correndo com sacos fingindo que roubou um banco. Eles pediram um Uber e o motorista se recusou a levá-los. Uma testemunha que presenciou a cena acionou a polícia acreditando que os dois estavam tentando assaltar o motorista também.

Ao chegarem no local, a polícia apontou a arma para o motorista e pediu que ele saísse do carro. Só depois descobriram que ele não estava envolvido e liberaram o homem. Em seguida, alertaram os youtubers do perigo da ação, mas não os prenderam.

De acordo com os procuradores, quatro horas depois, os irmãos voltaram a fazer a mesma pegadinha no campus de uma universidade e a polícia foi novamente acionada.