O influencer e youtuber brasileiro Everson Zoio é suspeito de integrar um esquema internacional de disseminação de fake news contra a vacina da Pfizer. As informações são do site MediaTalks.

O caso foi revelado em maio em uma reportagem investigativa alemã, após youtubers da França e da Alemanha denunciarem um esquema com propostas de até 2 mil euros a influenciadores para que eles divulgarem desinformações sobre vacinas.

De acordo com o site, a agência Fazze, com sedes na Rússia e no Reino Unido, teria procurar influenciadores em diversos países para a publicação desse tipo de conteúdo.

A empresa contratante da Fazze permaneceria em sigilo e as publicações não deveriam ser descritas como patrocinadas, o que fere as regras de plataformas digitais e até mesmo a lei em alguns países.

Ainda de acordo com a reportagem, os youtubers contratados deveriam divulgar conteúdo enganoso, misturando informações da imprensa com notícias falsas sobre taxas de mortalidade em pessoas que tomaram a vacina da Pfizer.

O youtuber francês Léo Grasset, do canal no YouTube DirtyBiology, foi um dos que denunciaram a proposta. “Recebi uma proposta de parceria que consiste em atacar a vacina da Pfizer em vídeo. Orçamento colossal, cliente que quer ficar incógnito e você tem que esconder o patrocínio. Se você vir algum vídeo disso, saberá que é uma operação”, disse em seu Twitter.

O brasileiro Everson Zoio foi citado em uma reportagem em colaboração do site netzpolitik.org com a revista ARD Kontraste, da Alemanha, sobre um vídeo publicado em seu canal em 20 de maio, no qual ele cita informações não comprovadas de que “a vacina pode matar mais rápido do que o coronavírus”.

Segundo o MediaTalks, Everson não respondeu aos questionamentos reportagem alemã e retirou o vídeo do ar.