O solista Itamar Zorman (Crédito:Jamie Jung)

A Orquestra Sinfônica de Jerusalém toca no Brasil nos 70 anos do Estado de Israel, dentro da turnê sul-americana. O maestro convidado é o argentino Yeruam Scharovsky. Ele comanda um efetivo de 80 músicos para a excursão, que se iniciou na Argentina, apresenta-se nomingo, 19/8, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e segunda e terça-feira, 20 e 21/8, na Sala São Paulo. Depois o grupo segue para Lima.

O programa do concerto é romântico: “Sinfonia nº 7”, de Antonin Dvórak, a “Sinfonia nº 1“, de Johannes Brahms e o “Concerto nº 1 para Violino e Orquestra”, de Félix Mendelssohn, com o jovem violinista Itamar Zorman, que se apresenta com um violino Pietro Guarnieri, do século XVIII.

“O repertório romântico é o mais atraente para o público e exequível quando temos um orçamento reduzido”, diz Scharovsky. “Meu compositor favorito é Brahms. Costumo dizer que toco Brahms para purificar o espírito.”

Scharovsky hoje é diretor artístico da Orquestra Filarmônica da Macedônia, mas costuma se apresentar com orquestras israelenses.

Entre 1998 e 2004, ele foi diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira, período em que foi pioneiro em projetos de educação orquestral para jovens carentes, hoje tão em moda. Ele fundou a OSB Jovem, um projeto social que lhe deu alegria, até que a administração da OSB mudou e encerrou as atividades da orquestra jovem sem mais explicações. “Fiquei magoado com o descaso com os jovens músicos”, diz. “O talento musical do Brasil é inegável. Mas precisa ser cultivado com investimentos.”

Ele esteve sexta-feira visitando um projeto social em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, e disse que chegou às lágrimas ao ouvir a camerata jovem, formada por jovens.

A Orquestra Sinfônica de Jerusalém (Crédito:David Vinocur)

Mas Scharovsky não gosta de apontar culpados nem de se lamentar. Acha que a maior lição está na formação musical que aconteceu em Israel mesmo antes da fundação do Estado de Israel em 1948. “Dois anos antes, em 1946, os músicos que imigraram para a Palestina, vindos da Alemanha nazista, começaram a se organizar em grupos musicais. É uma característica do povo judeu se reunir em torno da música e da dança.”

Nos períodos de fome e grandes crises econômicas que os israelenses viveram, nos anos 1940 e 1950, a música serviu como elemento de inclusão e integração. “Em tempo de crise, a música tem de pensar no futuro”, diz. “Mesmo na pobreza, a música organiza as pessoas em torno do que elas têm de mais precioso: a arte. Esse exemplo deveria servir ao Brasil e à América Latina. Infelizmente, o humanismo está se perdendo e, com ele, os valores mais altos da arte.”

  

Orquestra Sinfônica de Jerusalém sob a regência de Yeruham Scharovsky – Solista Itamar Zorman

Datas: 20 e 21 de agosto de 2018

Horário: 21h

Local: Sala São Paulo

Endereço: Praça Júlio Prestes, 16. Luz.

**Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.

Venda de ingressos: site: https://www.sinfonicajerusalem.byinti.com/

Valores: R$36,00 a R$360,00

Lotação: 1.484 lugares

Recomendação etária: Livre

Informações complementares:

Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo: 96 ingressos disponibilizados gratuitamente (48 ingressos por apresentação);

Valor Promocional: 576 ingressos disponibilizados, com valores até R$ 72,00 (288 ingressos por apresentação)

Democratização de acesso da Lei 8313/91: 288 ingressos disponibilizados gratuitamente a Entidades/Ongs (144 ingressos por apresentação);

Possui acesso para deficientes físicos.

Meia entrada – limitada a 40% dos ingressos disponíveis para venda (402 ingressos por apresentação) Estudantes; Idosos (pessoas com mais de 60 anos); Pessoa com deficiência e um acompanhante; Jovens pertencentes a famílias de baixa renda com idades de 15 a 29 anos; Professores e servidores do Sistema Estadual de Ensino.