Após uma manhã em que oscilaram entre a estabilidade e leve alta, os juros futuros fecharam a sessão em baixa na BM&FBovespa, definida após o discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Janet Yellen. As palavras da comandante do banco central norte-americano endossaram a leitura do payroll (dado sobre emprego nos EUA) de maio feita pelo mercado de que é pouco provável uma elevação da taxa de juros nos próximos meses, o que renovou o fôlego de queda dos juros de médio e longo prazos na BM&FBovespa. A postergação de um aperto monetário nos EUA sugere um reforço no fluxo de investimentos para ativos emergentes, o que explica o alívio de prêmios na curva a termo nesta segunda-feira, 6, em que o noticiário político não chegou a atrapalhar.

Ao término da negociação regular, o Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (155.235 contratos) fechou em 13,565%, estável ante o ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 (145.195 contratos) encerrou em 12,51%, de 12,54% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (98.255 contratos) terminou na mínima de 12,29%, de 12,36%. Nos longos, o DI janeiro de 2021 (80.082 contratos) caiu de 12,40% para 12,31%.

Yellen admitiu que o payroll da sexta-feira foi “desapontador” e que os sinais de desaceleração na criação de empregos merecem “um olhar atento”. A presidente do BC norte-americano disse esperar que a expansão econômica continue nos EUA e que a taxa de juros “provavelmente” terá de subir ao longo do tempo. Será apropriado elevar taxas de juros “gradualmente” se o mercado de trabalho se fortalecer e a inflação caminhar para a meta do Fed, de 2%, disse. Reiterou que a política monetária não está em uma rota predeterminada e dependerá dos indicadores e de outros sinais acompanhados pelo Fed.