Por Andrea Shalal

WASHINGTON (Reuters) – O Tesouro dos Estados Unidos tomou medidas cruciais no ano passado para lidar com as injustiças econômicas raciais de longa data, mas ainda tem “muito mais trabalho” pela frente para diminuir a divisão racial de riqueza, disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, nesta segunda-feira.

Yellen disse em uma reunião organizada pelo reverendo Al Sharpton e seu grupo de direitos humanos National Action Network que o Tesouro está trabalhando para corrigir erros econômicos apontados pelo antigo líder dos direitos civis Martin Luther King Jr em seu discurso “I Have a Dream” (Eu tenho um sonho) de 1963.

“Ele sabia que a injustiça econômica estava ligada à injustiça maior contra a qual ele lutava. Da Reconstrução a Jim Crow até os dias atuais, nossa economia nunca funcionou de forma justa para os norte-americanos negros – ou, na verdade, para qualquer norte-americano” não branco, disse Yellen durante um café da manhã em homenagem a King.

Jim Crow refere-se às leis postas em prática nos Estados do sul norte-americano nas décadas após a Guerra Civil dos EUA, de 1861 a 1865, para legalizar a segregação racial e privar os cidadãos negros.

Ao longo do último ano, segundo ela, o Tesouro concluiu sua primeira revisão de patrimônio, contratou sua equipe de liderança mais diversificada de todos os tempos e nomeou seu primeiro conselheiro em equidade racial, https://www.reuters.com/world/us/exclusive-us-treasury-names-former-jp-morgan-executive-racial-equity-czar-2021-10-25/#:~:text=WASHINGTON%2C%20Oct%2025%20(Reuters),Treasury%20Department%2C%20Yellen’s%20deputy%20said enquanto criava um plano de apoio da Covid-19 para atender melhor as comunidades não brancas.

“É claro que nenhum programa e nenhuma administração pode realizar as esperanças e aspirações que o Dr. King tinha para nosso país”, disse Yellen. “Ainda há muito mais trabalho que o Tesouro precisa fazer para diminuir a divisão racial de riqueza.”

Dados do Federal Reserve mostram que as famílias brancas possuíam 85,5% da riqueza dos Estados Unidos em 2019, embora representem 60% da população, enquanto as famílias negras possuíam 4,2% e as latinas, 3,1%. Esses números mudaram pouco em relação a 30 anos atrás, de acordo com USAFacts.org, uma organização sem fins lucrativos não-partidária.

(Por Andrea Shalal)

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