O governo dos Estados Unidos monitora “cuidadosamente” os desafios econômicos da China, que enfrenta uma forte desaceleração, o que pode prejudicar o crescimento mundial, afirmou nesta sexta-feira a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

“A China enfrenta uma variedade de desafios mundiais de curto e longo prazo, desafios econômicos que monitoramos cuidadosamente”, declarou Yellen em Nova Delhi, na véspera da reunião de cúpula do G20.

Ainda persiste o temor de que a situação na China, somada ao risco de recessão na Europa e à inflação elevada em várias grandes economias, provoquem a queda na demanda por produtos chineses.

Yellen, no entanto, destacou que a “China tem bastante margem de manobra política para enfrentar os desafios”.

O presidente chinês, Xi Jinping, não comparecerá ao encontro do G20, em um momento de tensões comerciais e geopolíticas com Estados Unidos e Índia, país com o qual a China compartilha uma fronteira longa e conflituosa.

Os problemas chineses incluem “uma recuperação menor do que o esperado nos gastos dos consumidores após o fim das restrições pela pandemia de covid, assim como dificuldades de longa data com o setor imobiliário”, disse Yellen.

A Índia, anfitriã do G20, superou a China este ano como o país de maior população do mundo e, segundo Yellen, “as força de trabalho (chinesa) está começando a diminuir”.

A secretária americana disse que tem consciência do risco da situação chinesa para o crescimento mundial, mas afirmou que, “em geral, a economia global tem sido resiliente”.

Ela acrescentou que “a influência negativa mais importante é a guerra russa na Ucrânia”.

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