‘Xuxa, o documentário’ que estreou na quinta-feira, 13, no Globoplay, repercutiu a relação polêmica entre Xuxa e sua ex-empresária, Marlene Mattos, que se reencontraram pela primeira vez em 19 anos na gravação do projeto da eterna Rainha dos Baixinhos.

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Em algumas entrevistas que deu na mídia para falar sobre o documentário, Xuxa detonou Marlene, ao relembrar da época em que trabalhou com a empresária.

“As pessoas gostam de falar de um abusador bacana. Eu sofri um abuso psicológico, de poder, de confiança, que veio dela (Marlene). Eu vendo ela falando, eu reencontrando, eu reafirmei isso. Eu sei que a minha história tem mais do que isso. Eu não queria que as pessoas vissem só isso, só esse olhar”, disse a loira no programa ‘Mais Você’, da TV Globo.

Além de Xuxa, outra famosa também criticou Marlene Mattos. No primeiro episódio do documentário, a atriz Leticia Spiller relembrou a época que foi paquita no programa ‘Xou da Xuxa’ (1989).

“A Marlene me apavorava um pouco. Ela falava: ‘você tem que fazer o trabalho, isso, isso e isso’. Eu tinha que escolher criança, estar com tudo organizado, era um trabalho de atenção, assistência de palco. Eu ficava perdida lá atrás”, disse Spiller.

Marlene Mattos se pronuncia

Após ser apontada como tóxica no ambiente de trabalho e responsável por práticas de assédio moral com a equipe de Xuxa, Marlene afirmou não se arrepender e, ainda, disse que “faria tudo de novo, se fosse preciso”. A empresária passou a usar as redes sociais para mandar algumas indiretas.

Em seu perfil no Instagram, Mattos compartilhou uma mensagem que diz: “Você pode ter resultados ou desculpas, não os dois”. Na legenda do post, ela ainda escreveu: “Eu vou continuar na luta por resultados. É do meu jeito de ser”.

Psicóloga fala sobre os vários tipos de relações tóxicas

À IstoÉ Gente, a psicóloga Ana Streit explica que relações tóxicas podem ser de todos os tipos: parentais (pais e filhos); conjugais ou amorosas; fraternais (amizades); profissionais; e mesmo relações secundárias, como prestação de serviço, por exemplo.

“Não precisa ter uma relação de poder envolvida, pode ser uma relação entre pares, pessoas que teoricamente têm o mesmo lugar em uma hierarquia. O que acontece com frequência em relações tóxicas e que uma das pessoas emocionalmente acaba se colocando como inferior, enquanto a outra se coloca como mais “poderosa” ou mais dona de direitos”, descreve Ana.

Segundo a psicóloga, essas relações impedem que uma das partes possa estabelecer vínculos saudáveis, além de afetar o desempenho em outras áreas da vida, como trabalho, vida amorosa, familiar, entre outras. “As relações saudáveis se baseiam em reciprocidade e em respeito. Por mais inegociáveis que estes dois aspectos sejam, eles não existem de forma suficiente na relações tóxica. Avalie sempre como você se sente quando está com aquela pessoa, quando se conecta e pensa naquela relação. Se sentir que precisa se exigir demais, pisar em ovos ou cuidar de cada mínima ação, já ligue um sinal de alerta. As relações tóxicas podem prejudicar desde a saúde mental e até mesmo a saúde física”, orienta.

“Não é fácil perceber, mas é possível aprender a identificar e construir dentro de si recursos de autopreservação. É uma pena que muitas pessoas precisem aprender isso já adultas, quando mereciam já ter essas lições de limites e autocuidado desde pequenas”, finaliza a profissional.