15/09/2024 - 13:25
A série épica “Xógum: A Gloriosa Saga do Japão”, ambientada no período feudal do país nipônico, chega como uma das favoritas com 25 indicações ao prêmio Emmy, que será entregue neste domingo (15), em Los Angeles. A produção pode se tornar a primeira em língua não inglesa a vencer na categoria de Melhor Série de Drama.
A edição deste ano, a 76ª dos prêmios considerados os “Oscars da televisão”, será apresentada pelo ator Eugene Levy e seu filho Daniel e começará às 17h locais (21h de Brasília).
Adaptação do romance de James Clavell, “Xógum”, um best-seller dos anos 1970 que aborda as lutas pelo poder feudal no Japão, recebeu 25 indicações após seu grande sucesso nos Estados Unidos.
Produzida pela FX, uma empresa do grupo Disney, conta com um elenco japonês e diálogos legendados, tornando-se a segunda série em língua não inglesa a ser indicada a melhor drama, depois de “Round 6”, da Coreia do Sul, há dois anos.
Espera-se que a série, que retrata os intrincados e letais confrontos entre dinastias do Japão no século XVII, conquiste estatuetas para seu elenco, incluindo o veterano Hiroyuki Sanada.
Tadanobu Asano, que interpreta um senhor feudal sanguinário, também pode ganhar o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante.
A paralisação temporária do setor de produção televisiva devido às greves do ano passado fez com que o número de indicações caísse em um terço na comparação ao habitual.
No entanto, a marca recorde de 14 prêmios técnicos e de categorias menores conquistados por “Xógum” antes mesmo da cerimônia já comprova seu potencial.
Sua principal rival é a vencedora de outras edições, a última temporada de “The Crown”, da Netflix.
A série sobre a família real britânica teve uma recepção morna da crítica, mas Elizabeth Debicki se destaca na categoria Melhor Atriz Coadjuvante, graças ao seu papel como a princesa Diana.
Após o recente fim de “Succession”, que dominava os prêmios Emmy todos os anos, novas séries como “Fallout” e “Sr. & Sra. Smith” podem ter uma oportunidade.
Na categoria de Melhor Série Limitada, “Bebê Rena” domina as apostas, após se tornar um grande sucesso na Netflix neste ano.
Apresentada como “uma história real”, a produção gerou um processo de 170 milhões de dólares (R$ 947 milhões na cotação atual) à plataforma, pois a demandante, uma britânica, alega ser a inspiração para a perseguidora violenta e obsessiva que protagoniza a história.
Seu criador, o escocês Richard Gadd, disputará a estatueta de Melhor ator com Andrew Scott (“Ripley”) e Jon Hamm (“Fargo”).
Outros possíveis vencedores da noite de domingo podem ser “O Urso”, a comédia ácida ambientada na cena culinária de Chicago.
A produção já ganhou sete prêmios nas categorias menores anteriores à cerimônia, incluindo o de Melhor Atriz Convidada para Jamie Lee Curtis, e dominou as indicações em comédia com um recorde de 23 categorias.
Jeremy Allen White e Ebon Moss-Bachrach, que interpretam dois amigos de infância que se tornam chefs, estão cotados para ganhar mais prêmios.
Entre os concorrentes, “Hacks”, da HBO, pode ver Jean Smart e Hannah Einbinder ganhando por seus papéis como uma estrela envelhecida do stand-up e uma jovem comediante encarregada de renovar suas piadas.
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