18/05/2022 - 20:30
A cidade de Assunção, capital do Paraguai, recebe neste ano os XII Jogos Sul-Americanos, que vão contar com 14 delegações e disputa de diversas modalidades esportivas. Após o período de isolamento e adiamento por causa da pandemia de covid-19, o país e os atletas agora se preparam para retornar à rotina de disputas e celebrar uma grande festa do esporte. Normalmente realizados nos meses de abril e maio, os Jogos foram adiados para o fim do ano, medida de prevenção por causa da doença, e acontecem entre os dias 1º e 15 de outubro.
A expectativa do Comitê Organizador dos Jogos é realizar uma grande festa e celebrar o retorno de atletas e comissões técnicas aos palcos de competições. O torneio ainda terá seus locais de dispusta marcados, mas provas deverão ocorrer no Parque Olímpico Paraguaio, além dos complexos esportivos da Baía de Assunção, do Resort Raikura e do Sport Club Luqueño, da cidade de Luque, onde fica a sede da Conmebol. O Brasil está nessa, ao lado de Argentina, Aruba, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
O clima de ansiedade e orgulho do país-sede e do Comitê Organizador é percebido nas declarações de Camilo Pérez Lopéz Moreira, presidente da Odesur (Organização Desportiva Sul-americana). “Esperamos que os próximos Jogos Sul-Americanos sejam uma celebração inesquecível que marque uma geração. Queremos inspirar a juventude para que abracem os valores olímpicos, sempre sob nosso modelo de promover eventos sustentáveis, eficientes e com forte legado social”, disse.
Lilian Fariña Arza, diretora da Federação da Esportes Equestres do Paraguai (Fedepa) e participante ativa na organização do evento, também destaca com entusiasmo o trabalho do Paraguai. “O Comitê Olímpico do Paraguai e a Secretaria Nacional de Esportes estão trabalhando incansavelmente! Seremos anfitriões dignos dos países irmãos de Odesur.”
De acordo com o Comitê Olímpico do Paraguai, o investimento para receber os Jogos em Assunção girou em torno de US$ 25 milhões (R$ 126 milhões). Em 2017, quando a candidatura paraguaia foi oficializada, a previsão era de investir mais e até construir uma Vila Olímpica para abrigar as delegações participantes, porém, os anos pandêmicos vividos pelo mundo fizeram o governo paraguaio colocar o pé no freio.
INFRAESTRUTURA
Assim, a rede hoteleira da capital paraguaia é que comportará as 14 delegações participantes. Estruturas móveis também serão levantadas nas praças esportivas para comportar o fluxo de pessoas envolvidas na disputa. Especialista em elaboração e montagem de grandes eventos esportivos, Tatiana Fasolari, diretora executiva da Fast Engenharia, maior empresa de overlay da América Latina, destaca como estruturas móveis podem ser aliadas dos eventos temporários.
“As estruturas móveis são muito utilizadas nesse tipo de evento porque são uma ótima alternativa para redução de custo e para agilizar o processo de montagem. Além disso, o fato de serem móveis garante que não haja a formação dos chamados “elefantes brancos”, áreas e arenas que não serão mais utilizadas na cidade após os eventos e, por isso, são desmontadas para não causar prejuízos aos locais. Normalmente são utilizadas as estruturas móveis para levantar centros de imprensa, alojamentos e arenas de esportes menos praticados no país-sede, por exemplo”.
A Fast Engenharia esteve à frente de estruturas em competições importantes, como Olimpíada do Rio 2016 e Copa do Mundo do Brasil 2014, além de GP de Fórmula 1 de São Paulo e ATP 500 Rio Open 2019, por exemplo. Tatiana Fasolari ressalta a importância desses acontecimentos para os países e cidades-sede. “Os grandes eventos são uma ótima oportunidade para as cidades-sede melhorarem regiões abandonadas, revitalizarem centros mais distantes, investirem em infraestrutura viária e hoteleira. Também é um excelente momento para que a cidade possa mostrar seus pontos turísticos e aumentar a demanda de viajantes. Por fim, os grandes eventos são uma grande oportunidade”, avalia a diretora da Fast.
TIME BRASIL
O Brasil prepara sua delegação para participar dos Jogos a partir de 1 de outubro. Rogério Sampaio, diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB), avalia a importância dos Jogos Sul-americanos para amadurecer e formar os atletas brasileiros visando também outras competições. “Os Jogos Sul-americanos têm grande importância no calendário de competições do COB. De certa forma, a delegação olímpica começa a se formar nesse evento e ganha corpo nos Jogos Pan-americanos, no ano seguinte”, pondera.
Os XII Jogos Sul-americanos reunirão atletas de diversas modalidades, entre elas atletismo, basquete, beisebol, boxe, canoagem, caratê, ciclismo, esgrima, esportes aquáticos, natação, ginástica, handebol, patinação artística, hipismo, taekwondo, tênis, tiro com arco, triatlo, entre outros.