Xiaomi corrigirá falha de direção assistida em mais de 110.000 veículos elétricos

O fabricante chinês de carros elétricos Xiaomi anunciou nesta sexta-feira (19) que corrigirá de forma remota uma falha no sistema de direção assistida em mais de 110.000 veículos SU7, um modelo popular envolvido em um acidente fatal.

As empresas de tecnologia e os fabricantes de automóveis na China investiram bilhões de dólares em tecnologia de condução inteligente, um novo campo de batalha no competitivo mercado automobilístico do país.

Pequim adotou medidas para fortalecer as normas de segurança após o acidente com um Xiaomi SU7 que trafegava no modo de direção assistida em março. Três estudantes universitárias morreram na tragédia.

Uma publicidade de carros apresentados como capazes de dirigir de forma autônoma também gerou debate.

O SU7 é o modelo emblemático da Xiaomi. Seu modo de direção assistida, oferecido sob a denominação “piloto automático” (Navigate On Autopilot – NAO), estava ativado no momento do acidente.

O veículo detectou um obstáculo em um trecho em obras da rodovia e emitiu um alerta antes de devolver o controle ao motorista, explicou a Xiaomi em um relatório.

Alguns segundos depois, o veículo colidiu com uma barreira a uma velocidade de 97 km/h e as três jovens passageiras morreram no acidente.

O sistema de piloto automático oferecido pelo SU7 “aumentava o risco de colisão (…) na ausência de uma intervenção rápida do motorista”, afirmou nesta sexta-feira a Administração Estatal de Regulação do Mercado.

A Xiaomi atualizará de maneira remota os modelos SU7 fabricados antes de 30 de agosto de 2025, afirmou a empresa na rede social Weibo, equivalente chinês do X.

Os recalls remotos se tornaram uma prática padrão entre os fabricantes de automóveis.

Mas o anúncio reacendeu a discussão nas redes sociais sobre o acidente fatal do SU7.

Nesta sexta-feira, uma hashtag relacionada ao recall foi visualizada mais de 70 milhões de vezes no Weibo.

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