Xi e Macron apoiam cessar-fogo na Ucrânia em novo encontro

PEQUIM, 5 DEZ (ANSA) – O presidente chinês, Xi Jinping, realizou nesta sexta-feira (5) uma reunião informal com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no condado de Dujiangyan, administrado por Chengdu, capital da província de Sichuan.   

Durante o encontro, os dois líderes expressaram apoio aos esforços de cessar-fogo na Ucrânia e defenderam a solução de dois Estados para a Palestina.   

Esta é a última etapa da quarta visita de Macron à China e ocorre um dia após a reunião oficial com Xi no Grande Salão do Povo, em Pequim.   

Segundo a emissora estatal CCTV, Xi acompanhou Macron em Chengdu, conhecida por sua população de pandas, em uma atitude rara, já que o líder chinês normalmente não acompanha chefes de Estado estrangeiros fora da capital.   

O tom das conversas em Chengdu é mais descontraído em relação às negociações de ontem, nas quais Macron pressionou Xi por um reequilíbrio do déficit comercial entre França, União Europeia (UE) e China e por um esforço conjunto em busca de um cessar-fogo na guerra na Ucrânia.   

Xi tem defendido uma maior “autonomia estratégica” europeia em relação aos EUA, a proteção do multilateralismo e a cooperação econômica em larga escala para combater a desvinculação econômica.   

Durante a visita incomum, os presidentes, acompanhados de suas respectivas primeiras-damas, visitarão o Monte Qingcheng e o sistema de irrigação histórico da região, datado do século III a.C.   

O presidente francês também participará de encontros com estudantes, enquanto Brigitte Macron visitará a Base de Pesquisa de Criação de Pandas Gigantes de Chengdu, onde conhecerá Yuan Meng, o primeiro panda nascido na França.   

Ao final das conversas, China e França divulgaram uma declaração conjunta reafirmando o apoio a esforços de cessar-fogo e à restauração da paz na Ucrânia, com base no direito internacional e na Carta da ONU.   

Sobre o Oriente Médio, os líderes enfatizam a solução de dois Estados para Israel e Palestina e apelaram para o governo israelense e o Hamas cumprirem imediatamente os compromissos de cessar-fogo, condenando ataques indiscriminados contra civis e ressaltando a necessidade de ajuda humanitária coordenada pela ONU na Faixa de Gaza. (ANSA).