A Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) pediu exames antidoping mais rigorosos às federações de Brasil, Equador, Peru e Portugal até os Jogos Olímpicos de Paris, seguindo a recomendação da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).

Em um relatório publicado nesta segunda-feira (12), a AIU comemorou a melhora global da situação quanto à luta contra o doping no período prévio ao Mundial de Eugene (Estados Unidos), em 2022, e o Mundial de Budapeste (Hungria), no ano passado.

O órgão lembrou, no entanto, que Brasil, Equador, Peru e Portugal receberam “advertências claras sobre a insuficiência de seus programas nacionais antidoping depois do Mundial de 2022”.

Essas quatro federações “não conseguiram garantir que houvesse um número suficiente de exames fora de competição para suas equipes” no período que precedeu o Mundial de Budapeste, lamentou a AIU, que pediu regras mais rigorosas para seus atletas antes dos Jogos de Paris, uma recomendação seguida pela World Athletics.

Concretamente, os atletas desses países estarão submetidos até os Jogos às regras reservadas aos países enquadrados na categoria A, nos quais o risco de doping é considerado maior, explica a AIU.

Por exemplo, o brasileiro Alison dos Santos, medalha de bronze nos 400 metros com barreiras nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ouro no Mundial de Eugene e 5º no Mundial de Budapeste, será afetado pela medida.

No total, 8.466 exames antidoping, fora de competição ou em competição, foram realizados nos dez meses prévios ao Mundial de Budapeste, ressalta a AIU, o que representa um aumento de 33% em relação ao período similar antes do Mundial de Eugene (6.359), para um número de atletas participantes que também cresceu (2.004 contra 1.719).

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