O atacante Willian Bigode usou as redes sociais na noite desta segunda-feira para rebater as acusações de participação no golpe sofrido por seu ex-companheiros de Palmeiras, Gustavo Scarpa e Mayke. Eles investiram R$ 10,8 milhões junto a uma empresa de criptomoedas, a XLand, e não conseguiram reaver o dinheiro. Diante da fraude, o meia e o lateral decidiram processar as empresas envolvidas na transação.

“Estou relutando para gravar esse vídeo, mas quero pontuar e deixar claro algumas coisas. Primeiro, quero dizer que a WLJC (que tem Willian como sócio) é uma empresa de gestão financeira, não é uma empresa de investimentos, não é uma corretora, não sou dono, nem sócio da XLand, muito menos golpista, porque não peguei dinheiro de ninguém. eu sou vítima, porque até hoje não recebi o meu recurso. O mais doloroso, constrangedor e triste é você ver e ouvir mentiras e calúnias. Mas a minha equipe de advogados já está tomando todas as medidas cabíveis”, afirmou Willian em vídeo.

A defesa de Willian alega que o atacante do Fluminense também é uma das vítimas da XLand. O atleta teria perdido R$ 17,5 milhões em investimento semelhante ao dos ex-companheiros de Palmeiras. Os advogados de Willian conseguiram na última sexta-feira desbloquear as contas do atleta depois de uma decisão liminar do juiz Danilo Fadel de Castro, da 10ª vara cível de São Paulo.

O processo movido por Scarpa e Mayke aponta que partiu de Willian e de sua sócia Camila Moreira de Biasi a sugestão de investimentos na XLand, que ofereceria uma rentabilidade de 2% a 5% sobre o valor investido. Scarpa aplicou R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4.583.789,31.

Os problemas com a XLand começaram em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso após seguidas negativas e adiamentos da XLand. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido.

Após seguidos contatos com os sócios da XLand, Jean do Carmo Ribeiro e Gabriel de Souza Nascimento, com Willian e Camila e um coach de gestão financeira, Marçal Siqueira, que tinha parceira com a empresa acriana, Scarpa e Mayke procuraram seus advogados e registraram um boletim de ocorrência. Desde então, o processo corre na Justiça paulista, ainda sem decisões proferidas sobre culpabilidade dos réus.